O Hospital Universitário de Petrolina registrou números alarmantes em relação a vítimas de acidentes de motos. De acordo com a instituição, até o dia 27 de dezembro de 2017, a unidade recebeu 438 vítimas de acidentes . Apenas no dia 24 de dezembro, véspera de natal, deram entrada 34 acidentados. Na maioria dos casos, a causa dos acidentes é a imprudência dos condutores de veículos.
O técnico em informática, Diego Luiz Novais, precisou
fazer uma cirurgia após um acidente de moto. Ele disse que não enxergou o quebra-molas,
que estava sem sinalização, quando surgiu um cachorro em frente ao veículo, e
ele acabou caindo da motocicleta.Diego ficou afastado do trabalho por cinco
meses.
Para a cirurgia e tratamento, Diego contou com o plano de
saúde que cobriu todas as despesas. “Me levaram para o hospital, cuidaram dos
ferimentos. Chegando lá, bateram um raio x do ombro, porque eu estava sentindo
dor no ombro. E através desse exame, descobriram que tinha que fazer uma
cirurgia”.
Para quem não tem plano de saúde o jeito é recorrer ao
sistema público. Foi o que fez o auxiliar financeiro, Osmar Bruno da Silva. Ele
sofreu um acidente de moto e foi levado para o HU no dia 17 de dezembro.”O
mototaxista foi dobrar na rua para entrar, e enquanto ele foi dobrar, o carro
que seguia através tentou ultrapassar e bateu na moto que eu estava vindo. A
pancada foi toda na minha perna e quando eu vi, já estava com fratura exposta”.
O gerente de Atenção à Saúde do HU, Luiz Ótavio, revela
que o Hospital Universitário está ficando superlotado. Isso prejudica o
atendimento na unidade, além de causar impacto econômico no sistema público de
saúde. “É um alto custo com alimentação dos acompanhantes, dos pacientes que
requerem acompanhante. E isso gera um problema sério e evidentemente um custo.
Um hospital que é programado com verba para ser de 30 leitos, e não raro, ele
está com quase o dobro que isso aí”.
A oitava Gerência de Saúde que atende os municípios de
Petrolina, Afrânio, Dormentes, Lagoa Grande, Cabrobó e Orocó resolveu convocar
vários setores da sociedade como saúde, segurança, educação e mobilidade urbana
para agirem juntos. “2016 para 2017 foi verificado uma diminuição de 27% dos
óbitos em acidentes de trânsito e também na redução do número de acidentes que
não levaram a vítimas fatais, explica a coordenadora de vigilância em Saúde
Bruna Matos.
De janeiro até o dia 27 de dezembro foram registrados
6.059 acidentes. Desses 5.861 aconteceram em Petrolina. Até o mês de setembro,
o número de mortes aqui na região chegou a 94. 72 foram em Petrolina, seis em
Santa Maria e quatro em Dormentes.(G1)
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