O presidente do PEN-Patriota, Adilson Barroso, se disse “aliviado” com a desistência de Jair Bolsonaro (PSC-RJ) de ser o candidato por sua legenda. “Fiz das tripas o coração para tê-lo com a gente, mudei o nome do partido, mexi no nosso estatuto, dei mais de 20 diretórios para o grupo dele. Mas você não pode ser convidado para entrar em uma casa e depois querer tomar ela inteira para você, expulsando seus moradores originais”, disse o dirigente.
Barroso afirmou que o relacionamento dele com Bolsonaro
teria sido “envenenado” pelo advogado e assessor do deputado Gustavo Bebianno –
que, segundo Barroso, queria tomar o “partido inteiro para o grupo de
Bolsonaro”.
O rompimento já havia se insinuado quando deputados da legenda se rebelaram
contra o que chamavam de “fome” do grupo bolsonarista. Os deputados Walney
Rocha (RJ) e Junior Marreca (MA) se posicionaram contra as mudanças no estatuto
da legenda – principalmente aquela que impede alianças com partidos de esquerda
(Marreca, por exemplo, é aliado do governador do Maranhão, Flávio Dino, que é
do PCdoB).
Bem ao estilo Barroso, o presidente do PEN-Patriota já avisou que, sem Bolsonaro, pretende focar em convencer o ex-presidente do Supremo Joaquim Barbosa a sair candidato por seu partido.
Fonte: Agência Estado
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