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quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

'Se servir de debate, vale a pena', diz André Gallindo após preconceito por ser nordestino




O repórter André Galindo foi vítima de preconceito por ser pernambucano em rede social nesta segunda-feira (9). Ele rebateu o autor do comentário, que o categorizava pejorativamente como "Paraíba", com uma série de publicações no Twitter. Em entrevista ao Viver, o jornalista revelou que poucas vezes passou por situações semelhantes. "Até ouvi em certas situações que não se referiam a mim, mas diria que, nos seis anos em que estou morando aqui [no Rio de Janeiro], é uma estatística irrisória. Por exemplo, já estava presente em um lugar e ouvi a pessoa dizendo que a decoração deste local era "Paraíba", sempre atribuindo a algo brega", disse.

Na segunda-feira, Gallindo escreveu um tuíte observando que entrevistas com jogadores de futebol conduzidas pelos canais dos próprios clubes em que os atletas trabalham não promovem debate. "Tem mal gosto hein, Paraíba. A imprensa é uma merda", digitou um perfil retrucando o jornalista. André respondeu com quatro publicações. "Em tempo, sou NORDESTINO de pai, mãe e parteira. Com um orgulho do tamanho do Rio São Francisco. Isso jamais me será uma ofensa. Mas combaterei qualquer tipo de preconceito com todas as minhas forças", diz uma das publicações.

Apesar de evitar discussões em redes sociais, o jornalista disse que resolveu rebater o autor da ofensa por ter se incomodado com uso do termo. "É um espaço em que as pessoas se escondem por trás de um perfil que muitas vezes não é verdadeiro e tomam coragem para se posicionar daquela maneira, coisa que não teriam pessoalmente", contou Gallingo. "Achei que valeria - e valeu - responder. Uso muito a rede social para repercutir coisas do trabalho. A única que uso é o Twitter. Respondo pouco e interajo muito menos".

Questionado sobre a repercussão do caso, ele afirmou esperar que o caso levante um debate sobre intolerância contra nordestinos. "Não vi a repercussão porque usei menos o celular hoje, mas recebei uma ligação de um tio sobre o caso. Se servir de debate, vale a pena", finalizou. (Viver - Diário de Pernambuco)

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