Cerca de 100 juízes iniciaram um movimento para convencer outros magistrados federais a iniciar uma paralisação. A decisão veio após a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), a ministra Cármen Lúcia, ter marcado para o próximo mês de março o julgamento que pode extinguir o auxílio-moradia.
De acordo com informações da Folha de S. Paulo, a
ministra teria ignorado a ação sobre penduricalhos de tribunais estaduais. A
diretoria da Associação dos Juízes Federais foi acionada e agora avalia se
convoca ou não assembleia para tratar do tema.
Paralisação
A última vez que a classe entrou em greve foi em 1999 e a
reivindicação foi por causa de reajuste de salário.
Os atos acontecerão em cinco capitais do país, no próximo
dia 15 de março. Segundo a 'Frentas' (Frente Associativa da Magistratura e do
MP), responsável pelo ato, o tema será 'Recomposição Salarial e Dignidade da
Magistratura".
Defesa
O juiz Sérgio Moro, responsável pelos julgamentos no
âmbito da Operação Lava Jato na 1ª instância, se justificou nesta sexta-feira
(2) sobre o fato de defender o auxílio moradia apesar de possuir um imóvel
próprio em Curitiba. Segundo Moro, o benefício é uma forma de compensar a falta
de reajuste salarial aos juízes federais, que estão sem aumento há três anos.
"O auxílio-moradia é pago indistintamente a todos os
magistrados e, embora discutível, compensa a falta de reajuste dos vencimentos
desde 1 de janeiro de 2015 e que, pela lei, deveriam ser anualmente
reajustados", afirmou Moro.
Moro recebe o auxílio no valor de R$ 4.378 desde outubro
de 2014, um mês após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux ter
estendido o benefício a todos os magistrados, por meio de decisão liminar.
Atualmente, mais de 17 mil magistrados recebem o auxílio. (JC Online)
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