O Corinthians tem condições de reverter na Justiça a decisão que torna imediato o pagamento do financiamento de R$ 400 milhões para a construção de seu estádio. Porém, o clube precisa agir com urgência para se previnir contra um eventual desastre.
Já deveria estar em curso um estudo sobre a viabilidade
de fazer os responsáveis pelo negócio cobrirem um eventual rombo com seu
patrimônio.
Em caso de condenação em última instância, o alvinegro
pode até perder os terrenos em que fica sua sede, o Parque São Jorge. Se isso
acontecer, ficará claro que para a Justiça dirigentes colocaram o clube numa
operação irregular. Nesse caso, nada mais justo do que os responsáveis pagarem
do próprio bolso o prejuízo.
A Justiça indica que esse é o caminho ao colocar o
ex-presidente da Caixa Econômica Jorge Fontes Hereda entre os que devem pagar
já para o banco a dívida referente ao empréstimo de R$ 400 milhões junto ao
BNDES.
Porém, no Corinthians a situação é complexa. O atual
presidente, Andrés Sanchez, foi um dos idealizadores da operação. Ele segue
defendendo a lisura do negócio. Impossível imaginar que ele agiria para usar
seu próprio patrimônio para ressarcir o clube.
Sanchez disse recentemente que não fez nada sozinho já
que o Conselho Deliberativo aprovou a negociação. Verdade. Então, esses
conselheiros, em tese, também devem ser cobrados para ressarcir o Corinthians
em caso de prejuízo. O assunto rende um extenso debate jurídico.
Como boa parte do conselho é a mesma que aprovou a
operação, cabe a sócios e novos membros do conselho iniciar o movimento
preventivo para evitar que o clube seja o maior prejudicado no final das
contas. (Blog do Perrone)
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