"É uma sensação de felicidade e, porque não, de
dever cumprido realizar esta última etapa da IV Conferência Estadual de Cultura
(IV CEC-PE), que reuniu desde o ano passado, em 26 pré-conferências regionais e
setoriais, mais de duas mil pessoas para discutir um tema nobilíssimo: aprovar
um Plano Estadual de Cultura (PEC) para Pernambuco. Quero dizer que, uma vez
aprovado, esse documento fecha a estruturação do nosso Sistema de Cultura do
Estado que, junto com o Funcultura, um dos maiores fundos de incentivo à
cultura do país, e o pleno funcionamento dos nossos três Conselhos de Cultura,
indicará os rumos que iremos tomar nas políticas culturais de Pernambuco nos
próximos dez anos", foram com essas palavras que o secretário estadual de
Cultura, Marcelino Granja, definiu a realização da Plenária Final da IV CEC-PE,
que aconteceu nos últimos dias 23, 24 e 25 de março, no Centro de Formação
e Lazer do Sindsprev (Recife).
O encontro contou com a participação de 196 delegados
e 26 convidados, oriundos de 58 municípios pernambucanos, e serviu para
ajustar/aprovar a proposta final do PEC. Na noite da sexta-feira (23), os
participantes puderam se credenciar e conhecer, na solenidade de abertura a
organização e metodologia de trabalho adotada para a Plenária Final da IV
CEC-PE. Assim como vinha acontecendo nas pré-conferências regionais e
setoriais, os delegados, eleitos nesses encontros preparatórios, foram
divididos em quatro grupos de trabalhos (GT's) e, ao longo do sábado (24),
debateram e sugeriram edições/supressões/adições às ações e objetivos
estratégicos presentes numa versão do Plano Estadual de Cultura resultante da
sistematização das discussões e propostas formuladas em cada pré-conferência.
Os GTs contaram com a mediação de representantes da
Secult-PE e da Fundarpe e ficaram agrupados a partir dos oito eixos do
PEC: 1) Patrimônio Cultural e Memória e Territórios, e Territorialidade
e Políticas Afirmativas; 2) Desenvolvimento Simbólico da Cultura e Economia
da Cultura; 3) Pesquisa e Formação Artístico-Cultural e Cultura
e Educação; 4) Cultura e Comunicação, e Gestão, Infraestrutura e
Participação.
Aos grupos, era permitido propor duas novas ações
estratégicas para cada eixo temático que estivesse discutindo, que, por sua
vez, poderiam ser validadas ou não na Plenária-Geral. "É de suma
importância o caráter democrático adotado nesse plano, sobretudo, na maneira
participativa que ele vem sido construído, ouvindo a população, ouvindo os
produtores, ouvindo os artistas. Essa construção conjunta é o que há de mais
saudável para democracia. Na verdade, democracia é isso: um processo aberto e
transparente que envolva tanto o poder público quanto os agentes da cadeia
produtiva do Estado", disse o músico, compositor e poeta Alexandre
Revoredo, delegado do Agreste Meridional, sobre as discussões dos GT's.
No início da noite do sábado (24), e com o
término das atividades dos GTs, os delegados formaram a Plenária-Geral, a
fim de apresentar e validar as ações estratégicas do PEC. Coube aos relatores
de cada GT mostrarem o que foi discutido nos grupos. Nessa etapa, os delegados
não podiam criar novas ações, só editar e suprimir as propostas dos GT's.
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