Ao lado de Lula na noite dessa quarta-feira (29) em Curitiba, durante ato de despedida da caravana do ex-presidente pelo Sul do país, o líder da Oposição no Senado, Humberto Costa (PT-PE), declarou que a intolerância e o ódio poderão inviabilizar as eleições deste ano caso não sejam contidos no país.
Em seu discurso para uma multidão reunida num ponto
histórico da capital paranaense conhecido como Boca Maldita, o parlamentar
afirmou que é preciso, neste momento, buscar o entendimento
e o diálogo e pregar a tolerância e o respeito às divergências de
pensamento.
Segundo ele, as agressões feitas por movimentos
de direita do país são fomentadas, principalmente, por Jair Bolsonaro
(PSL) e também pelo PSDB, e atingem frontalmente a democracia, ferindo os
princípios básicos da Constituição, como o livre direito de manifestação e a
liberdade de expressão.
“Estamos aqui para dar um basta àqueles que provocaram
esse ódio. Não deixaremos que esses nazifascistas transformem o nosso Brasil
numa ditadura para que possam usar da violência e de todos os instrumentos de
constrangimento com a finalidade de calar a população brasileira”, afirmou
Humberto, recebendo aplausos dos milhares de presentes.
O parlamentar ressaltou que o ato, que contou com a
presença dos pré-candidatos à Presidência da República Manuela D’Ávila (PCdoB)
e Guilherme Boulos (PSOL), serviu para reforçar o compromisso com o país e com
o povo trabalhador.
“Estamos aqui em um ato suprapartidário, maior do que o
PT e o próprio Lula. É uma ação em defesa do Estado democrático de Direito e da
liberdade. Somos contrários ao golpe aplicado em 2016 e a unidade do povo
brasileiro e da esquerda vai impedir que eles consigam o seu objetivo”,
disse.
O líder da Oposição no Senado afirmou que a tentativa de
calar o povo e impedir a marcha pela vitória dos movimentos em defesa da
democracia nas eleições em 2018 irá fracassar. “Iremos fazer com que o Brasil
retome o caminho da inclusão social e da democracia e respeito aos direitos dos
cidadãos”, finalizou.
Humberto avalia que os três Estados da região Sul
deram grande demonstração de força e mobilização em defesa da democracia e dos
direitos humanos, apesar dos condenáveis ataques e agressões direcionados à
militância petista, aos políticos dos partidos e aos movimentos sociais nos
últimos dias.
A caravana de Lula pelo Sul, que arrastou multidões por
onde passou, durou nove dias, começando pelo Rio Grande do Sul, passando
por Santa Catarina e terminando no Paraná. "Foi um evento de grande
resistência e unidade da esquerda durante esse período", comentou.
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