O Ministério da Saúde abriu espaço para o conhecimento tradicional na medicina e incluiu 10 novas terapias alternativas no Sistema Único de Saúde (SUS). Chamados de Práticas Integrativas e Complementares (PICS), os tratamentos utilizam recursos terapêuticos baseados em conhecimentos milenares e voltados à cura e à prevenção de doenças, como a depressão e a hipertensão. Apesar da decisão, o Conselho Federal de Medicina (CFM) é contra e afirma que os médicos estão proibidos de preescrever as terapias.
Na lista das novidades estão práticas como aromaterapia,
cromoterapia, hipnoterapia, terapia de florais, entre outros (veja quadro). Com
as atividades, ao todo, o SUS passa a ofertar 29 procedimentos à população. A
mudança foi anunciada durante a abertura do 1º Congresso Internacional de
Práticas Integrativas e Saúde Pública no Rio de Janeiro. “Com isso, somos o
país líder na oferta dessa modalidade na atenção básica. Essas práticas são
investimento em prevenção à saúde para evitar que as pessoas fiquem doentes.
Precisamos continuar caminhando em direção à promoção da saúde em vez de cuidar
apenas de quem fica doente”, ressaltou o ministro Ricardo Barros.
Apesar de o ministério afirmar que a incorporação das
terapias é baseada em evidências científicas e na tradição, o Conselho Federal
de Medicina é contra. Atualmente, apenas duas delas são reconhecidas pelo CFM:
a acupuntura e a homeopatia. Segundo o presidente do CFM, Carlos Vital, os
médicos não estão autorizados a prescrever tais tratamentos. “Entendemos que as
práticas alternativas não têm base, na medicina, em evidências e, portanto,
oneram o sistema. Os médicos só podem atuar na medicina com procedimentos
terapêuticos que tenham reconhecimento científico. Há uma especialidade médica,
a acupuntura, que é feita de maneira completamente diferente do que está
colocado no SUS como Prática Integrativa. Ela é feita com base em evidência
científica e atinge alto grau de complexidade”, diz.
Por: Maíza Santos - Correio Braziliense
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