A reforma ministerial começou. Como anunciado no início da tarde desta terça-feira (27/3), o ministro da Saúde, Ricardo Barros (PP), entregou carta de demissão ao presidente Michel Temer. Quem também anunciou o desembarque do governo foi o presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Paulo Rabello de Castro.
As saídas atendem ao prazo de desincompatibilização
previsto na legislação eleitoral. Auxiliares de Temer e quem mais desejar
concorrer a algum posto no poder Legislativo precisa abandonar o posto até 7 de
abril. Nesta quarta-feira (28/3), a previsão é de que o ministro da Educação,
Mendonça Filho (DEM), também comunique o abandono da pasta ao chefe do
Executivo federal.
O democrata anunciará às 11h, em cerimônia no Palácio do
Planalto, a liberação de recursos para o Programa Mais Alfabetização, o que deve
ser a última realização dele como auxiliar de Temer. Serão homenageados
professores alfabetizadores e diretores de escolas com 90% ou mais dos alunos
com resultados suficientes na Avaliação Nacional de Alfabetização (ANA) em
leitura e matemática.
A saída de Barros ocorreu de forma semelhante. O auxiliar
participou hoje de cerimônia no Planalto de entrega de medalhas da Ordem do
Mérito Médico. Na ocasião, fez um balanço dos feitos a frente do Ministério da
Saúde, como ter assegurado uma economia de R$ 5 bilhões aos cofres públicos em
600 dias de gestão. Na carta encaminhada a Temer, ele ressaltou que pede a
exoneração “em razão da necessidade de desincompatibilização prevista para
concorrer a cargo eletivo”.
Já Rabello abandona o comando do BNDES para ser
pré-candidato à Presidência da República. “Para poder fazer avançar agenda de
superação e chegarmos, em poucos anos, para além da ponte, (...) o calendário
eleitoral exige me desligar de sua valorosa equipe em 31 de março próximo.
Penso em me engajar politicamente, sempre contando com seu consentimento e
apoio”, disse, em carta. (Correio Braziliense)
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