Dias depois de criar pânico entre produtores brasileiros com o anúncio de duras sobretaxas nas importações de aço e alumínio pelos EUA, Donald Trump assinou um novo decreto que isenta Argentina, Austrália, Brasil, União Europeia e Coreia do Sul da nova regra.
O presidente americano havia anunciado novas alíquotas de
25% sobre o aço e de 10% sobre o alumínio que são comprados pelos EUA de outros
países.
A decisão teve repercussão imediata em Brasília e na
embaixada brasileira em Washington, já que os EUA são os maiores compradores do
aço produzido no Brasil, em um mercado que movimenta US$ 2,6 bilhões (ou R$ 8,6
bilhões).
O anúncio gerou também forte mobilização de
representantes do mercado, que vêm se reunindo nos últimos meses com
autoridades brasileiras e americanas na tentativa de reverter a regra.
A Casa Branca diz que o Departamento de Comércio decidirá
até maio se as exceções ao Brasil e demais países ainda podem ameaçar a
indústria do aço dos EUA.
Por enquanto, as taxas voltam a ser de 0,9%, para o aço e
2% para o alumínio.
"O presidente mantém ampla autoridade para modificar
as tarifas, inclusive removendo as suspensões ou suspendendo outros países.
Qualquer país que não esteja suspenso no momento continua sendo bem-vindo para
discutir uma possível suspensão com os Estados Unidos, com base em um
compromisso mútuo de abordar o excesso de capacidade e produção de aço e
alumínio em todo o mundo", informou a Casa Branca após o anúncio.
Canadá e México já haviam sido excluídos do pacote de
sobretaxas, anunciado em 1º de março por Donald Trump, em Washington.
Agora, com as novas exceções, Rússia, Turquia e Japão
serão os países mais afetados pela medida.
O principal alvo da retórica do presidente, porém, tem
sido a China, contra quem Trump vem impondo tarifas bilionárias sobre parcela
significativa das exportações aos EUA.A ameaça de retaliação chinesa começa a
configurar uma guerra comercial.
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