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quinta-feira, 26 de abril de 2018

Juíza barra acesso de médico de Lula e deputado quer levar caso ao STF




A juíza Carolina Lebbos, que responde como substituta pela Vara de Execuções Penais em Curitiba, proibiu ontem (25) o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso na sede da Polícia Federal na capital paranaense desde 7 de abril, de receber seu médico para a realização de exames de rotina.

A denúncia do ato da juíza foi feita na tarde de ontem pelo deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) ao discursar no plenário da Câmara. A proibição de ontem soma-se a uma série de outras desde a prisão do ex-presidente. Já foram proibidos de visitar o ex-presidente uma comissão de governadores, o prêmio Nobel da Paz Adolfo Pérez Esquivel, a ex-presidente Dilma Rousseff, o teólogo Leonardo Boff e uma comissão de deputados, que na verdade faria uma inspeção às instalações onde se encontra o ex-presidente, cumprindo prerrogativa constitucional do Legislativo

“A juíza proibiu porque (segundo ela) não se caracteriza como urgência ou emergência”, disse o deputado Pimenta, depois de lembrar que o ex-presidente Lula tem 72 anos e já enfrentou um câncer na garganta. “Até quando esta casa permanecerá acovardada diante de uma juíza de primeira instância, que afronta o Poder Legislativo, que desrespeita a legislação, pisoteia a Constituição?”, indagou.

“Chega ao ponto de se achar no direito de julgar se deve ou não permitir que o presidente Lula possa ser visitado pelo seu médico. Quem é a juíza para saber, para decidir se alguém tem o direito ou não de receber a visita de um médico?”, disse. 

Pimenta disse que a Câmara dos Deputados tem a obrigação de não permanecer de joelhos para uma juíza de primeira instância. “Isso é um regime de um Estado policial, de um Estado de exceção, de uma ditadura onde alguns juízes e procuradores ligados à Lava Jato se acham no direito de desrespeitar a Constituição, como se nós tivéssemos uma Constituição no Brasil e outra em Curitiba. Esta negativa da dra. Carolina Lebbos é inaceitável”, afirmou.

Fonte: Rede Brasil Atual

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