Após identificar o aumento no atendimento de pacientes
com conjuntivite na rede especializada, a Secretaria Estadual de Saúde (SES)
está mobilizando a rede de atenção primária e de urgência e emergência para
reforçar o protocolo de atendimento para esse tipo de caso. O protocolo,
validado pelo Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe), dá
diretrizes médicas para o atendimento da conjuntivite, possibilitando que o
paciente receba um atendimento inicial com médico generalista no serviço de
saúde mais próximo de casa. Quando necessário, o usuário deve ser referenciado
para um especialista por meio da Regulação Estadual. A capacitação foi
realizada na sede da SES, no Bongi, nesta segunda-feira (16.04).
A conjuntivite é a inflamação da conjuntiva, membrana que
reveste os olhos e as pálpebras. O principal sintoma da doença é a vermelhidão
da porção branca dos olhos e a secreção na área. “É importante que a população
saiba que é possível procurar atendimento mais próximo da sua casa, que pode
ser com o médico da equipe de saúde da família, do posto de saúde, da Upinha,
da UPA. Nesses serviços, o paciente será consultado por um médico generalista,
que fará a análise inicial e dará os encaminhamentos devidos de acordo com o
exame clínico. Em situações que o profissional de saúde verifique a necessidade
de um atendimento especializado, será feito o encaminhamento, via Regulação do
Estado, para um especialista”, reforça a secretária executiva de Atenção à
Saúde da SES, Cristina Mota.
“Nessa capacitação, vamos disseminar as informações do
protocolo de diagnóstico e tratamento da conjuntivite para que toda a rede
esteja apta para receber a demanda que surgir”, acrescenta a secretária
executiva. O protocolo, validado pela Câmara Técnica de Oftalmologia do
Cremepe, apresenta o quadro clínico e o tratamento para os casos de
conjuntivites virais (resolução espontânea de duas a três semanas) e
bacterianas (60% dos casos com resolução espontânea em até cinco dias).
O documento ainda traz a clínica do paciente que deve ser
referenciado para uma consulta com especialista. Entre essas características
que precisam ser analisadas por um médico, o surgimento de secreção
sanguinolenta, ausência de melhora após sete dias do início dos sintomas e
dificuldade de abertura ocular devido a edema na pálpebra. Nos casos suspeitos
de infecção por bactéria, o agravamento também pode apresentar celulite
orbitária.
A secretária executiva de Atenção à Saúde da SES,
Cristina Mota, ainda chama a atenção da população para algumas medidas
preventivas que podem evitar casos novos de conjuntivite, como lavar,
frequentemente, com água e sabão, as mãos e o rosto; evitar coçar os olhos;
evitar o uso de objetos como copos, talheres e maquiagem de pessoas com
conjuntivite. Em caso de adoecimento, evitar atividades de grupo, enquanto a
secreção ocular estiver presente, e também frequentar locais com aglomerações.
Outra situação que também pode ser resolvida na atenção
primária ou em serviços de urgência são as hemorragias subconjuntivais, que
podem ser provocadas por um trauma menor, esforço, tosse ou espirro.
Normalmente, o caso não traz nenhum tipo de alteração intra-ocular. “Também
iremos orientar sobre o primeiro atendimento em caso de lesão química ou
queimadura, por exemplo, quando o médico pode fazer uma lavagem ou limpeza da
área e encaminhar para o especialista”, afirma a coordenadora médica da
Emergência da FAV, Laura Sabino, que irá ministrar uma palestra na capacitação.
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