O governo de Donald Trump já deixou claro ao Palácio do Planalto que deu preferência para a adesão da Argentina à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), alegando que existia "respaldo eleitoral" em Buenos Aires pelas reformas que Maurício Macri estaria realizando e que essa não seria a realidade do Brasil. O recado foi dado ao governo brasileiro no final de março, durante encontros de representantes da Casa Civil com Landon Loomis, assessor especial para o hemisfério ocidental e economia global do vice-presidente americano, Mike Pence.
Nos últimos seis meses, o governo brasileiro realizou uma
série de encontros com a cúpula da OCDE para encontrar formas de fazer avançar
seu processo de entrada no organismo internacional considerado "o clube
dos países desenvolvidos". Mas, ainda que a secretaria da entidade seja
favorável à chegada do Brasil, o voto americano tem impedido que o processo
ganhe força.
Em janeiro, em Davos, Temer aproveitou reuniões
bilaterais para tratar do caso com o secretário-geral da OCDE, Angel Gurria. O
diplomata, porém, sugeriu que o governo brasileiro se aproximasse de membros da
administração americana para os convencer dos pontos positivos da adesão do
Brasil.
Foi exatamente isso que o Brasil fez. Nos dias 26 e 27 de
março, o representante da Casa Civil, Marcelo Guaranys, esteve em Washington
para encontros, cujo teor foi colocado em telegrama da chancelaria de 3 de
abril. (Por AE)
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