Áudios e vídeos que circulam nas redes sociais e no
WhatsApp tentam chamar caminhoneiros para uma nova paralisação na segunda-feira
(4). Boa parte das mensagens é falsa, de quem tenta se passar por líderes
da categoria, ou gravada em dias anteriores ao fim da paralisação e repetidas
como se fossem atuais.
Grupos ligados aos motoristas dizem que as reivindicações
já foram atendidas e, por isso, não veem motivo para nova paralisação. O
presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Carga de Niterói e São
Gonçalo, Isac de Oliveira, afirmou que as entidades sindicais decidiram não
apoiar nova paralisação.
Segundo Gilson Baitaca, presidente do Movimento dos
Transportadores de Grãos de Mato Grosso, que congrega cerca de 500 empresas,
todas as entidades representantes de caminhoneiros consultadas nesta
sexta-feira (1º) dizem que os objetivos da paralisação foram alcançados, e não
apoiam nem referendam os áudios que estão circulando.
Mesmo sem confirmação, os áudios geram apreensão em
motoristas que estiveram presos nas manifestações. Um deles, que ficou na
Via Dutra, disse estar confuso em meio às mensagens que chegam e teme ser
convocado na segunda para fazer entregas pela transportadora para a qual presta
serviços e ficar preso em bloqueios.
Um outro motorista, que teve seu caminhão parado com
pedradas na semana passada, na rodovia Régis Bittencourt, disse que não vai
sair de casa para não correr riscos. Lino Pereira, caminhoneiro do estado de
São Paulo que participou dos protestos na Régis, disse que vai ficar em casa se
o movimento voltar a ganhar força na segunda, como prometem as mensagens que
chegaram em seu celular.
"Fiquei descrente, esse país não tem mais jeito. Deu
para perceber que o preço mais baixo no pedágio veio, mas nem todo lugar baixou
o diesel. Falta reduzir a gasolina, o álcool e o gás", afirmou. Dois
caminhoneiros autônomos do movimento no Rio disseram que o que sabem é o que
circula nos grupos da rede social, de áudios convocando atos em Brasília. Eles
afirmam não ter notícias de mobilização em estradas do estado. Decidiram,
portanto, esperar. Com informações da Folhapress.
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