O presidente de honra e fundador do PSL, Luciano Bivar, que
lançou a candidatura do deputado federal Jair Bolsonaro à Presidência, já
defendeu propostas que contradizem algumas das principais bandeiras do
presidenciável. Bivar se declarou, no livro "Burocratocia: A Invasão
Invisível", de sua autoria, a favor da legalização do aborto. Em sua
própria campanha para presidente da República, em 2006, ele pediu ainda um
plebiscito sobre a união de pessoas do mesmo sexo e defendeu o Bolsa Família.
Outra atual aliada, a advogada Janaína Paschoal também já se posicionou de
forma contrária a Bolsonaro no ano passado.
Bivar lançou "Burocratocia" em 2006. Nele, quando
recorda sua atuação como deputado federal, escreve: "Combati a retórica e
a falácia dos defensores dos direitos humanos, quando propus a legalização do
aborto e da eutanásia e a introdução da pena de morte para crimes de sequestro
seguido de morte".
Ele defende ainda tratados para que grandes potências
participem da defesa do Brasil: "Com isso, podemos diminuir 60% do nosso
recrutamento militar, poupando uma verba anual expressiva". Bolsonaro é
capitão da reserva do Exército e tem base eleitoral nos quartéis.
Além disso, Bivar pediu a extinção do tributo pago sobre
quem tem imóveis em terrenos da Marinha. "Os custos da União para cobrar
esse tributo não justificam a sua permanência", afirmou aos leitores.
A assessoria de Bivar respondeu que "hoje, as posições
(de Bivar) estão sendo amadurecidas em conjunto com todas as tendências que
formam o PSL".
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