Depois de várias eleições para escolha de conselheiros
realizadas à base da votação mista – parte presencial e parte por
correspondência, formato atrasado e passível de extravios e fraudes – as
eleições para o Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe), uma das
maiores entidades classistas do Estado, vão finalmente ser modernizadas. A
justiça concedeu nesta sexta-feira (20) uma tutela de urgência à ação ordinária
impetrada pela chapa de oposição contra a atual direção do conselho, mandando
ampliar o número de urnas e de cidades-pólo onde deverão ser colocadas.
A justiça entendeu que o formato atual da votação
representaria “perigo de dano e risco ao resultado útil do processo eleitoral”.
Atualmente, o contingente de eleitores aptos reúne cerca de 26 mil médicos no
Estado. Seja por absoluta falta de acesso às urnas, seja pela desatualização
dos cadastros e lentidão dos correios, que impedia o voto por correspondência,
muitos desses profissionais terminavam sem conseguir votar, e ainda tendo que
pagar multa pela abstenção.
Com a concessão da tutela de urgência, a quantidade de
urnas no Recife e RMR será ampliada de 28 para 45. Já no interior, o número
sobe de 11 para 15 cidades. A votação por correspondência vai continuar
liberada, mas em volume bem mais reduzido. Com a eleição marcada para os dias 7
e 8 de agosto, era preocupação da oposição que o resultado da votação não
correspondesse à realidade atual, desfavorável à chapa situacionista. O mesmo
núcleo que vem comandando o Cremepe há quase 20 anos já sofre com forte
desgaste, a “fadiga do material”, apontada por praticamente todos os setores da
classe médica.
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