Em coletiva realizada nesta segunda-feira 30, militantes do
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e do Movimento de Pequenos
Agricultores (MPA) anunciaram para esta terça 31 o início de uma greve de fome
para exigir a libertação e candidatura do ex-presidente Lula, preso há mais de
três meses em Curitiba.
João Pedro Stédile, principal liderança do MST, apresentou
os seis manifestantes que iniciarão a greve de fome por tempo indeterminado. O
número de militantes que farão o jejum pode aumentar nos próximos dias, disse
Stédile. Segundo a liderança, eles receberão acompanhamento médico e só
terminarão o jejum até que Lula seja solto e “dê um abraço em cada um deles”.
Entre os seis manifestantes, estão Frei Sergio Görgen, do
MPA, e Jaime Amorim, do MST. “Eu estou fazendo isso porque eu acho que se o
Brasil entrar no caos que as elites querem jogar ao impedir Lula de ser
candidato e continuar esse modelo de exclusão hoje no país, a fome será uma
imposição a milhões de crianças inocentes”, disse Frei Sérgio.
Segundo Stédile, os grevistas buscarão uma espaço dentro do
STF para se concentrarem e permanecerão no local “por tempo indeterminado”. A
liderança do MST também adiantou que, nos dias 4 e 5 de agosto, chegará a
Brasília uma caravana do povo do Semi-Árido, que partirá da cidade natal de
Lula, Caetés, em Pernambuco.
O PT prepara também um ato em frente ao Tribunal Superior
Eleitoral, em Brasília, para 15 de agosto, data do registro das candidaturas
presidenciais. O objetivo do partido é registrar Lula neste dia e travar uma
batalha judicial por sua elegibilidade na Justiça Eleitoral e no STF.
Fonte: Carta Capital
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