O ex-secretário-geral da ONU, Kofi Annan, faleceu neste
sábado. Sua fundação, por meio de um comunicado, anunciou sua morte, apenas
indicando que ele teria sofrido uma doença súbita. Nascido em Gana em 1938, o
africano foi um dos ganhadores do prêmio Nobel da Paz.
Chefe da diplomacia das Nações Unidas entre 1997 e 2006,
ele foi internado às pressas num hospital de Berna, na Suíça. Os detalhes sobre
seu funeral ainda estão sendo organizados.
António Guterres, atual secretário-geral da ONU, emitiu um
comunicado expressando sua "profunda tristeza". "De muitas
formas, Annan era a ONU. Ele subiu dentro da organização para liderá-la ao novo
milênio, com dignidade e determinação", escreveu.
O português insistiu que Annan foi seu mentor e indicou
que, "em tempos turbulentos", ele nunca deixou de agir.
Annan mantinha uma estreita amizade com Sergio Vieira de
Mello, o brasileiro que liderou a ONU por algumas das maiores crises
humanitárias e que morreu há 15 anos em Bagdá.
Annan ainda teve seu mandato marcado pela decisão de
denunciar como "ilegal" a guerra de George W. Bush no Iraque. A
partir de então, ele passou a ser alvo de ataques por parte da diplomacia
americana. Meses depois de sua declaração, Annan viu seu filho acusado de
envolvimento em escândalos de corrupção.
O africano ficou abalado com a ofensiva contra ele e sua
família e, por meses, chegou a perder sua voz.
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