Mesmo após a Petrobras ter anunciado uma nova política de
preços com reajustes quinzenais, a cotação do dólar ainda impulsiona o preço do
combustível no país. Em 13 estados brasileiros, o combustível já ultrapassa os
R$ 5. Os dados da Síntese dos Preços Praticados, pesquisa realizada pela
Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), mostram que,
no Tocantins, é possível encontrar a gasolina por R$ 6,29.
De acordo com o levantamento, consumidores de estados como
Minas Gerais, Rio de Janeiro, Acre e Tocantins são os que mais sofrem com o
alto preço da gasolina. Enquanto o preço médio do combustível fica em torno de
R$ 4,14 em Santa Catarina, no Acre, atinge R$ 5,07. No Rio, R$ 4,96, enquanto
em Minas e Tocantins a média é de R$ 4,80.
Segundo o economista e professor do Curso de Especialização
em Mercado Financeiro e Investimentos da Universidade de Brasília (UnB) César
Bergo, o preço da gasolina tem grande influência da cotação do dólar, que
impulsiona o valor dos barris de petróleo. “A cotação do dólar está em alta há
alguns dias, o reajuste está chegando agora nas bombas”, explicou.
Outro fator que impulsiona o preço da gasolina é o consumo
do combustível no exterior. De acordo com Bergo, Índia e China estão consumindo
mais energia proveniente do petróleo e isso valoriza o produto, que, de acordo
com a lei de oferta e demanda, se torna mais caro. “Com o consumo aumentando
nesses países, o combustível é mais valorizado, já que temos um limite mundial
de produção”, acrescentou.
Para Patricia Agra, sócia da área de defesa da concorrência
do L.O. Baptista Advogados, há também razões internas que não permitem uma
redução no preço do combustível. Entre elas, estão o tabelamento do frete,
regulamentado pela Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT), e a
incerteza política causada no período eleitoral. Foi o que informou o Diário de Pernambuco.
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