O PT vai manter a candidatura intacta, mesmo após a Justiça
Eleitoral ter barrado o registro do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
(PT), afirmou neste sábado (1º) o candidato a vice na chapa, Fernando Haddad
(PT), em visita a Garanhuns (PE), terra-natal de Lula, a 225 km de Recife.
Haddad disse que a defesa deve recorrer da decisão e que
isso será debatido com o ex-presidente na segunda-feira (3). "O cliente é
Lula, temos que ouvi-lo", disse. "Como não há comunicação com ele nos
fins de semana, temos que conversar na segunda-feira pela manhã e levar a ele o
quadro jurídico diante da desautorização da candidatura", disse.
"A Justiça Eleitoral, nesse caso, talvez não seja a
última palavra. Vamos estudar nesse fim de semana quais as possibilidades
jurídicas e apresentar ao presidente, para, coletivamente, decidir o que fazer
nesses 10 dias de prazo", afirmou. O TSE deu ao partido 10 dias para
trocar o "cabeça" de chapa, se assim quiser.
Em vídeo gravado junto com alguns familiares de Lula, ele é
perguntado: "O Lula mandou votar em você?". Haddad responde: "O
Lula mandou votar em nós, porque a gente faz uma chapa."
O petista concedeu uma entrevista coletiva após gravar uma
propaganda eleitoral na cidade vizinha, Caetés. À época do nascimento de Lula,
Caetés era um distrito de Garanhuns e, por isso, as duas cidades são
consideradas cidade-natal do ex-presidente.
Haddad negou que haja uma ação pensada para substituição da
chapa. "Nós vamos manter o que... não chamo de estratégia, chamo de
posicionamento politico, moral, em torno da liderança do presidente Lula e da
vontade de grande parte dos brasileiros", disse.
O candidato a vice afirmou, ainda, que a pauta do TSE
"foi alterada faltando 19 minutos para o término da decisão", e que o
julgamento do registro não estava nos planos. "Até o dia anterior, quando
tivemos o último contato, era dado como certo que o TSE não julgaria o registro
da candidatura, até porque a defesa não tinha apresentado alegações
finais", afirmou. (Uol)
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