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quarta-feira, 5 de setembro de 2018

Novos medicamentos no mundo devem reverter mortes por Influenza


Uma nova droga antiviral, já aprovada no Japão, está prestes a ser liberada nos Estados Unidos, e promete a cura da influenza. Imagem: Pixabay

A reemergência de outras doenças neste ano no Brasil, como a febre amarela e o sarampo, pode ter feito o brasileiro esquecer os perigos do vírus Influenza, principalmente no público-alvo: gestantes , idosos e crianças até 5 anos. Muita gente confunde a Influenza com uma gripe qualquer, mas ela pode até mesmo levar à morte. A vacinação é uma forma de prevenir, mas é preciso recurso mais imediato no manejo de pacientes mais graves, por meio do uso de medicamentos.  

Uma nova droga antiviral, já aprovada no Japão, está prestes a ser liberada nos Estados Unidos: o Baloxavir marboxil, segundo a coordenadora da Comissão Científica de Influenza e Virologia Clínica da Sociedade Brasileira de Infectologia, Nancy Bellei, que chega ao Recife nesta quarta-feira (5), para participar do Congresso Medtrop. O objetivo do laboratório Genetech (ROCHE) é obter a aprovação da Food and Drug Administration (FDA) nos EUA ainda este ano e começar a vender, já em 2019, o medicamento, que promete a cura em uma única dose.  

No Brasil, desde 2000, está liberado para o tratamento da Influenza A apenas o antiviral Tamiflu ® (Ostamivir), com seu custo-benefício questionado anos atrás em casos ambulatoriais. Para mostrar a ação eficaz deste medicamento em grupos de risco, Nancy Bellei apresentará no Medtrop pesquisa de intervenção precoce da droga no cuidado hospitalar. 

“Posso dizer que minha própria experiência, com casos crônicos de H1N1 e H3N2 hospitalizados, comprovaram que o uso do Tamiflu nestes pacientes graves é a única opção terapêutica. Além disso, a introdução do remédio, logo que identificados os sintomas, reduz ainda o tempo de internação e o período em UTI”, explica Nancy. 

Além dos dados de Nancy, existem outros estudos observacionais, pós-pandemia de 2009, feitos com grupos de pesquisadores de diversos países e com mais de 20 mil pacientes. Segundo ela há evidências de que os pacientes tiveram boa recuperação, consequentemente, a taxa de mortalidade foi reduzida ao introduzir precocemente o remédio em grupos de risco que apresentaram os sintomas.  

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