Um editorial publicado nesta quinta-feira pelo jornal
britânico ''The Guardian'' diz que Jair Bolsonaro representa uma ameaça
''imensa'' à democracia brasileira. Segundo a publicação, o ''risco
impensável'' de que ele se tornasse presidente do Brasil agora é real.
''Chamar ele de o Donald Trump da América Latina, como
alguns fizeram, é ser gentil demais. Bolsonaro é um misógino e homofóbico cujas
opiniões sobre comunidades indígenas e o ambiente são muito sombrias. Ele
elogia torturadores e a ditadura militar que governou o Brasil entre 1964 e
1985. Ele recentemente defendeu disparos contra seus oponentes. Sua
intolerância é retratada como 'honestidade''', diz o editorial.
Segundo o ''Guardian'', Bolsonaro se aproveitou dos
problemas do Brasil para catapultar uma campanha populista. ''Mas ele atrai sua
força de velhas forças brasileiras: os militares, fazendeiros ricos e
empresários, conservadores, igrejas evangélicas estão apoiando ele''.
A situação crítica da política brasileira, segundo o jornal
inglês, indica que mesmo que Bolsonaro seja derrotado, ''as forças que levaram
a sua ascensão não vão desaparecer''.
''Reconstruir a economia, reduzir a criminalidade e lutar
contra a corrupção são essenciais para construir uma cultura política mais
saudável'', diz.
A opinião do jornal, que é uma das principais publicações
do Reino Unido, se alinha ao que foi publicado recentemente pela revista ''The
Economist''. Em sua capa, a publicação chamou Bolsonaro de a mais recente
ameaça na América Latina. (Uol)
Nenhum comentário:
Postar um comentário