Agência Brasil
A taxa de desocupação no Brasil caiu para 11,9% no terceiro
trimestre de 2018, mas chega a 14,4% na Região Nordeste, a 13,8% para a
população parda e a 14,6% para a preta - grupos raciais definidos na pesquisa
conforme a declaração dos entrevistados. Quando analisado o gênero, as
mulheres, com 13,6%, têm uma taxa de desemprego maior que a dos homens, de
10,5%.
Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (14) pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa consta na
Pesquisa Nacional Por Amostra de Domicílios Contínua Trimestral (Pnad Contínua
Tri). É considerada desocupada a pessoa com mais de 14 anos que procurou
emprego e não encontrou.
Quatro estados do Nordeste estão entre os cinco com maior
desemprego: Sergipe (17,5%), Alagoas (17,1%), Pernambuco (16,7%) e Bahia
(16,2%). Apesar disso, a maior desocupação verificada no terceiro trimestre de
2018 foi no Amapá, onde o percentual chegou a 18,3%.
A Região Sul tem a menor taxa de desocupação do país, com
7,9%, e Santa Catarina é o estado com o menor percentual, de 6,2%. No trimestre
anterior, a Região Sul tinha taxa de desocupação de 8,2% e o Nordeste, 14,8%.
Do contingente de 12,5 milhões de pessoas que procuraram
emprego e não encontraram, 52,2% eram pardos, 34,7% eram brancos e 12% eram
pretos. Tais percentuais diferem da participação de cada um desses grupos na
força de trabalho total: pardos (47,9%), brancos (42,5%) e pretos (8,4%).
O IBGE informou ainda que, no terceiro trimestre de 2018, o
número de desalentados somou 4,78 milhões de pessoas. O contingente ainda está
próximo dos 4,83 milhões contabilizados no segundo trimestre, o maior
percentual da série histórica. O IBGE considera desalentado quem está
desempregado e desistiu de procurar emprego.
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