Pelo menos 168 pessoas morreram e 745 ficaram feridas por
causa do tsunami da noite de sábado no estreito de Sunda, entre as ilhas de
Sumatra e Java, na Indonésia, informam neste domingo equipes de emergência
locais.
Sutopo Purwo Nugroho, porta-voz da Agência Nacional de Gestão
de Desastres (BNPB), também afirmou que há 30 pessoas desaparecidas e alertou
sobre a possibilidade de um segundo tsunami por causa da contínua atividade do
vulcão Anak Krakatau, em entrevista coletiva transmitida pela imprensa local.
As autoridades atribuem a um possível desprendimento de
terra submarino causado pela erupção do vulcão Anak Krakatau as causas do
desastre natural, que não ativou os alarmes por não ter acontecido um potente
terremoto.
"No caso de terremotos, a possibilidade de um segundo
tsunami é muito pequena. Mas como este foi causado por uma erupção, o cenário é
diferente", comentou antes Rahmat Riyono, diretor da Agência
Meteorológica, Climatológica e Geofísica da Indonésia, em outra entrevista.
Este vulcão, de 305 metros de altura, expulsou ontem à
noite magma, rochas e uma coluna de fumaça a mais de meio quilômetro de sua
cúpula e 25 minutos depois chegaram as ondas - de até dois metros de altura -
ao litoral.
Sutopo afirmou que o número total de vítimas poderia
continuar subindo à medida que se tenha acesso a lugares onde até o momento os
serviços de emergência não chegaram.
As equipes de emergência com ajuda de máquinas pesadas
tentam encontrar possíveis sobreviventes entre os escombros, e recomendam à
população local que evite se aproximar do litoral.
O tsunami afetou especialmente o distrito de Pandenglang, a
cerca de 100 quilômetros a oeste de Jacarta e um local de férias para os
moradores da capital, onde muitos turistas estavam nas praias quando as ondas
gigantes chegaram, afirmou Sutopo.
No dia 28 de setembro, um terremoto de magnitude 7,5 na
região central da ilha de Célebes desencadeou um tsunami que deixou 2.081
mortos e mais de 200 mil deslocados, a maioria na cidade de Palu e em seus
arredores.
Entre 29 de julho e 19 de agosto, uma série de tremores na
ilha de Lombok, perto da ilha de Bali, causaram 564 mortos e mais de 400 mil
deslocados, a maioria deles após um devastador terremoto de magnitude 6,9 no
dia 5 de agosto.
A Indonésia fica sobre o Anel de Fogo do Pacífico, uma área
de grande atividade sísmica e vulcânica que é sacudida todo ano por cerca de
7.000 tremores, a maioria moderada.
(09:30h) - Dados atualizados pelas autoridades
indonésias informam que já foram confirmadas 222 mortes e 840 feridos. (EFE)
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