Estadão
Conteúdo
O Brasil atingiu no ano passado a sua pontuação mais baixa
e a pior colocação no Índice de Percepção da Corrupção (IPC), divulgado
anualmente pela Transparência Internacional, desde que a metodologia passou a
permitir a comparação anual, em 2012. Com 35 pontos – em uma escala de 0 a 100
-, o País é agora o 105.º colocado entre 180 nações avaliadas. Em 2017, estava
com 37 pontos no 96.º lugar.
O índice é divulgado nesta terça-feira, 29, no mundo todo.
O IPC é elaborado por meio de cruzamento de até 13 fontes de dados que tratam
das percepções de profissionais do mercado e de especialistas sobre o nível de
corrupção no setor público. Quanto menor a nota maior a percepção de corrupção
no país.
O relatório avalia que a sucessão de escândalos no País nos
últimos anos tende a aumentar a percepção de que a corrupção está piorando. Foi
no ano passado, por exemplo, a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva, condenado por corrupção na Operação Lava Jato, e o oferecimento de uma
terceira denúncia contra o então presidente Michel Temer, em dezembro, no
chamado inquérito dos portos.
“O resultado ruim deste ano foi certamente influenciado
pela total inércia do governo Temer e do Congresso em fazer avançar políticas
públicas e reformas anticorrupção”, afirmou o diretor executivo da
Transparência Internacional-Brasil, Bruno Brandão, que também criticou o
indulto natalino editado pelo ex-presidente.
Procurado por meio da assessoria de imprensa para responder
sobre a crítica de inércia e de favorecimento à impunidade, Temer informou que
o indulto não se enquadrava em casos de integrantes do governo, sob
investigação. “É absurdo que entidade como a Transparência divulgue informação
incorreta e distorça os fatos.”
O ex-ministro da Justiça Torquato Jardim rebateu críticas e
disse que as instituições de combate à corrupção continuam trabalhando normalmente.
Via Blog do Jamildo
Nenhum comentário:
Postar um comentário