A equipe econômica do governo Bolsonaro quer aproveitar as
principais diretrizes da proposta de reforma da Previdência enviada pelo
ex-presidente Michel Temer ao Congresso e que está pronta para ser votada pelo
plenário da Câmara dos Deputados. Mas uma das alterações que devem ocorrer é a
inclusão de policiais militares e bombeiros, que hoje estão sujeitos às leis
estaduais, na reforma. A proposta de Temer deixou as duas categorias de fora,
mas técnicos da equipe econômica pressionam para que sejam incluídos, com o
objetivo de aliviar as contas dos estados.
A ideia é criar uma idade mínima de 60 anos para homens e
mulheres. Mas tudo ainda precisa passar pelo crivo do presidente Bolsonaro. De
acordo com os planos, um líder do governo irá apresentar a proposta repaginada.
— Vamos usar a 287 (Proposta de Emenda Constitucional) de
Temer. Além de obter uma economia processual, vamos evitar pressões nas
audiências públicas. O projeto está pronto para ser votado. Nas próximas
semanas, vamos levar tudo o que já foi negociado — disse uma fonte envolvida
nas discussões.
Sexta-feira, Bolsonaro reafirmou que pretende aproveitar a
reforma de Temer, que tem como horizonte um prazo de dez anos. Ele destacou que
pretende propor ao Parlamento tudo que está no texto, mas com validade até
2022.
— Vamos aproveitar o que está na Câmara. A última proposta
minha está em um espaço temporal de 2030. Tudo que é para entrar em vigor até
2022 é o que eu quero propor para o Parlamento — afirmou o presidente.
Segundo interlocutores da equipe econômica, entre os itens
que podem ser aproveitados estão as mudanças nas regras das aposentadorias
especiais (professores e policiais federais, além de trabalhadores expostos a
riscos e agentes nocivos e de portadores de deficiência).
Fonte: Extra
Nenhum comentário:
Postar um comentário