Nos próximos meses, o trâmite de beatificação e canonização
de Frei Damião de Bozzano deve passar por uma das etapas mais importantes do
processo: o Decreto de Venerabilidade por parte do papa Francisco. Nesta
semana, em Roma, uma comissão formada por bispos e cardeais analisou a
documentação enviada pela Arquidiocese de Olinda e Recife (AOR) e deu parecer
favorável ao processo, aberto em 2003. Em 2018, uma comissão de teólogos do
Vaticano também se posicionou favoravelmente.
Depois que for dado o aval do papa para o Decreto de
Venerabilidade, confirmando que o frei viveu uma vida santa, o passo seguinte
para a beatificação será a comprovação de um milagre intercedido pelo frei após
sua morte, em 1997. Comprovado o fato, o frade italiano passe a ser considerado
beato.
Para a canonização, no entanto, o processo é um pouco mais
longo. É preciso que outro milagre seja comprovado. Este, por sua vez, precisa
ter sido intercedido pelo frei após tornar-se beato. Os milagres serão
avaliados criteriosamente para que, finalmente, Frei Damião seja considerado
santo. “Para que seja declarado um fato, um caso, como milagre é preciso que a
ciência declare que aquilo que aconteceu e como aconteceu não se tem
explicação. Surgindo um caso de possível milagre, nós reunimos toda a
documentação. Por exemplo, em uma caso de problema de saúde, reunirmos os
exames anteriores que comprovam que a pessoa tinha a doença e os exames
posteriores comprovando que não existe mais o problema. Os laudos são
submetidos a dois peritos no Brasil e quando essa documentação chega à Roma, é
novamente analisada por especialistas para que seja definido se aquilo pode ser
considerado ou não um milagre”, explica o postulador da causa de Frei Damião, o
frei Jociel Gomes.
Frei Damião, que na verdade se chamada Pio Giannotti,
nasceu em 1898, na Itália. Após dar início a sua vida religiosa, veio ao Brasil
em missão no ano de 1931. Durante sua vida religiosa, peregrinou por todo o
nordeste brasileiro. Evangelizando nas mais distantes cidades, ficou conhecido
como o ‘andarilho de Deus’. Em 1997, faleceu no Recife aos 98 anos de idade. (Jc Online)
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