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terça-feira, 2 de abril de 2019

Falência de gráfica do Enem e crise no MEC causam apreensão entre alunos


Estadão Conteúdo

A falência da gráfica contratada para imprimir as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2019, somada à série de demissões no Ministério da Educação (MEC) nos últimos meses, trouxe preocupações aos estudantes que pretendem realizar o exame. Em colégios e cursos pré-vestibular, o maior receio é pelas mudanças no calendário e no conteúdo. Coordenadores de curso têm se esforçado para tranquilizar os alunos.

Para Lucas Miranda, de 19 anos, que pretende cursar Direito, as sucessivas notícias de mudanças no MEC trazem insegurança para os jovens que pretendem fazer o Enem este ano. "A qualquer momento pode acontecer alguma coisa. Eu tenho medo, por exemplo, que o governo baixe um decreto tirando a efetividade do Sisu (Sistema de Seleção Unificada). Isso me preocupa", conta Miranda

Já a estudante Crislânia Silva de Lima, de 18 anos, aluna de um curso pré-vestibular para Fisioterapia, disse que acompanha as mudanças no MEC. Sua maior preocupação é em relação aos impactos no calendário do Enem 2019.

"Ficamos de olho nas informações. Pode ser que tenham que diminuir gastos com provas e isso pode resultar em diminuir um dia de exame, por exemplo, o que prejudicaria o estudante já que temos dois domingos de prova", disse Crislânia.

Em 2017, o exame foi realizado em dois domingos consecutivos pela primeira vez. A mudança foi avaliada positivamente pelos alunos. O calendário divulgado pelo para 2019, até o momento, mantém o formato: as provas devem ocorrer nos dias 3 e 10 de novembro.

A estudante Luiza Buscatti, de 18 anos, aluna de um curso pré-vestibular para Economia, se preocupa mais com a possibilidade de interferência no conteúdo da prova, após o MEC criar uma comissão para verificar a "pertinência" de questões do exame. "Acredito que por esse viés mais conservador do governo, a prova vai ser totalmente diferente e não vai seguir uma linha como nos outros anos. O MEC está muito inconstante e eu me sinto insegura", diz Luiza.

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