Estamos diante de um presidente da República que precisa se
amparar no radicalismo e na ameaça autoritária para governar, ignorando o que
realmente aflige o brasileiro, que busca trabalho e passa fome.
Bastaram cinco meses de governo Bolsonaro sob da gestão
neoliberal do ministro da Economia, Paulo Guedes, para o país estar sendo
conduzido ladeira abaixo, num cenário de degradação econômica sem precedentes.
Não foi por falta de aviso de que chegaríamos a esse Brasil de 2019, quase
inacreditável de se vivenciar. A realidade de hoje se contrapõe ao país de
pouco tempo atrás, quando havia pleno emprego, desenvolvimento e esperança e
que começou a degringolar a partir do impeachment de Dilma Rousseff.
Estamos assistindo ao endurecimento do caos social, com
violência, queda da renda, alta dos preços e até mesmo a fome. A deterioração
da vida das pessoas pode ser sentida quando se noticia que as famílias estão
usando lenha e álcool para cozinhar porque não tem dinheiro para comprar o gás
de cozinha, que chegou a aumentar 24% nos últimos dois anos e em algumas
cidades o botijão já custa R$ 150,00. Num ambiente político instável, com a
pressão das ruas contra o governo e um presidente desastroso, que ataca o
Congresso, que joga trabalhador contra trabalhador, o povo contra a democracia
e insufla extremismos, a economia é o que mais preocupa.
São quase 14 milhões de pessoas sem trabalho, 5,8 milhões
passando horas e horas nas filas à procura de uma oportunidade, 8 milhões que
desistiram de encontrar uma vaga e 28 milhões em situação de subemprego. Tudo
subiu, desde o litro da gasolina que bateu os R$ 5,00, depois de seguidos
reajustes; passando pela cesta básica com alta de até 20,25% em 12 meses; e os
juros do empréstimo pessoal atingindo 108,51% ao ano e do cheque especial 357,44%.
Outro dado significativo é o endividamento dos brasileiros,
que registou a quarta alta consecutiva – o percentual de famílias com dívidas a
pagar chegou a 62,7%. A população não consegue mais guardar dinheiro, ao
contrário, as pessoas estão se desfazendo de suas poupanças. No pior resultado
em 3 anos, os saques fizeram a poupança perder R$ 2,878 bilhões.
Todos os sinais são de que perdemos o ano. 2019 já era para
a economia brasileira, com a confiança dos empresários da indústria e da
construção civil caindo, num claro sinal negativo para o investimento, diante
da grande ociosidade e da fraca demanda. Ou seja, como ninguém está consumindo,
as fábricas não produzem e, consequentemente, não geram emprego. O mais recente
alerta é do economista Delfim Netto de que a percepção é de que o país está
afundando. “Caminhamos para uma depressão econômica”, disse o ex-ministro.
“Estamos na boca de um buraco negro que está atraindo tudo lá para dentro. A
conjuntura está piorando em uma velocidade enorme”, observou.
E o que faz o presidente? Chama manifestação popular para
apoiar seu desgoverno, a Reforma da previdência, que vai tirar ainda mais
direitos do povo e o pacote do Moro, que é uma licença para matar e prender sem
observar as garantias legais. Vai sobrar para a população preta e pobre das
periferias. A informação é do Blog do Esmael.
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