Nas cinco regiões do país, mais de 30 universidades e
diversos institutos e centros federais de educação, trabalhadores e
trabalhadoras técnico-administrativos já confirmaram que paralisarão as
atividades na próxima quarta-feira (15), Dia Nacional de Greve na Educação
contra o desmonte da aposentadoria e cortes nos investimentos no ensino básico
e superior, anunciados pelo governo de extrema direita de Jair Bolsonaro (PSL).
A adesão à paralisação foi decidida pelos sindicatos
filiados à FASUBRA Sindical (Federação de Sindicatos de Trabalhadores
Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil)
em assembleias realizadas esta semana, atendendo ao chamado da CUT e das demais
centrais.
De acordo com a categoria, a prioridade desta greve é
demonstrar a relevância do ensino, da pesquisa e da extensão realizados nessas
instituições e desconstruir o discurso mentiroso do governo de Bolsonaro.
Segundo a direção da FASUBRA, a partir do Programa de Apoio
a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (REUni), com a
ampliação e interiorização das universidades e institutos federais, estes
tornaram-se fator de desenvolvimento sócio econômico local e regional nos
confins desse país, promovendo o acesso gratuito à educação superior de
qualidade a milhões de brasileiros que antes não tinha acesso à universidade.
“É um absurdo o governo tratar todo o trabalho realizado em
nossas instituições como balbúrdia. Balbúrdia é um ministro da educação
desconhecer a realidade das universidades, balbúrdia é o governo retirar
recursos da educação, ameaçar acabar com a aposentadoria dos brasileiros e
facilitar o armamento num país onde morrem 60 mil pessoas assassinadas por
ano”, diz Marcos Otávio de Oliveira Santos, militante do Coletivo UNIR –
Unidade, Resistência e Luta, que integra a coordenação da FASUBRA Sindical
“Nós que sonhávamos com um Brasil desenvolvido e forte nos
governos democrático-populares, convivemos, hoje, com a insegurança e o medo em
relação ao futuro. Mas a educação dará a sua resposta ao governo no dia 15 de
maio. Com unidade, resistência e luta, dialogando com o povo brasileiro,
voltaremos a ter esperança em um Brasil melhor!”, conclui Marcos.
A FASUBRA representa um total de 218 mil servidores na
base, em cinquenta instituições filiadas. Desde janeiro, a Direção Nacional da
entidade tenta marcar uma reunião com o Ministro da Educação para discutir a
pauta de interesses da categoria, mas o MEC que se recusa a receber os
trabalhadores, sequer responde aos ofícios.
Confira a lista dos sindicatos filiados à FASUBRA que já
realizaram assembleia e aderiram à Greve Nacional da Educação no dia 15 de
maio: APTAFURG, ASSUFBA, ASSUFRGS, ASUFPEL, SINDIFES, SINDIPAMPA, SINDITEST –
PR, SINDTIFES – PA, SINDUFLA, SINTEF – UFGD, SINTESPB, SINTEST – AC,
SINTET-UFU, SINTFUB, SINTUFEJUF, SINTUFEPE, SINTUFF, SINTUFMT, SINTUFPI,
SINTUFRJ, SINTUFS, SINTUFSC.
As informações são da CUT
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