A OAB
(Ordem dos Advogados do Brasil) ingressou com uma petição nesta
sexta-feira (26) endereçada ao juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª. Vara
Federal Criminal da Seção Judiciária do Distrito Federal, solicitando que ele
não autorize a destruição de provas da Operação Spoofing.
O questionamento do conselho foi antecipado pela Folha de S.Paulo. No documento, o presidente nacional da OAB, Felipe Santa Cruz, requer que sejam expedidas ordens judiciais para que o ministro da Justiça, Sergio Moro, as autoridades policiais e os demais interessados nas investigações "se abstenham da tomada de quaisquer medidas que possam levar ao comprometimento da integridade do material probatório coligido na Operação Spoofing."
De acordo com a OAB, a indicação de Moro de que as mensagens seriam destruídas "atenta contra a competência do Supremo Tribunal Federal", "que pode eventualmente ser chamado a apreciar os fatos, uma vez que há possíveis autoridades atingidas pela invasão sujeitas a prerrogativa de foro, como no caso de ministro do Superior Tribunal de Justiça".
"Qualquer intromissão do Ministro da Justiça é manifestamente imprópria
diante da exclusiva competência do Poder Judiciário para decidir sobre o
destino dos materiais coletados, mormente em procedimento investigativo que
corre em segredo de justiça. É certo que, se o inquérito é mantido sob sigilo,
não cabe ao Ministro da Justiça ter acesso aos dados, quanto menos interferir
na sua utilização e destino", diz a peça.
"Trata-se, portanto, de inaceitável intromissão de órgão do Poder Executivo na esfera de competência do Poder Judiciário, em direta afronta à administração da justiça e ao pleno exercício do direito de defesa. Não é demais lembrar que a preservação da autoridade do Poder Judiciário constitui exigência do postulado do Estado de Direito, que não sobrevive sem a garantia de independência e autonomia judicial no exercício de suas funções precípuas."
A OAB também pede sua admissão como assistente no inquérito. O objetivo, segundo a ordem, é "postular a adoção de todas as medidas necessárias para a proteção da cadeia de custódia das informações e para garantia de amplo acesso dos advogados aos elementos e prova". Por: Folhapress
"Trata-se, portanto, de inaceitável intromissão de órgão do Poder Executivo na esfera de competência do Poder Judiciário, em direta afronta à administração da justiça e ao pleno exercício do direito de defesa. Não é demais lembrar que a preservação da autoridade do Poder Judiciário constitui exigência do postulado do Estado de Direito, que não sobrevive sem a garantia de independência e autonomia judicial no exercício de suas funções precípuas."
A OAB também pede sua admissão como assistente no inquérito. O objetivo, segundo a ordem, é "postular a adoção de todas as medidas necessárias para a proteção da cadeia de custódia das informações e para garantia de amplo acesso dos advogados aos elementos e prova".
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