Brasil e a Turquia são os dois únicos países, dentre as 171
nações que aderiram às medidas globais da Organização
Mundial da Saúde (OMS), que implementaram ações governamentais de sucesso
para a redução do consumo de tabaco. O resultado está no 7º Relatório da OMS
sobre a Epidemia Mundial do Tabaco, divulgado nesta sexta-feira (26), no Rio de
Janeiro. O relatório tem foco nos progressos feitos pelos países para ajudarem
as pessoas a deixar de fumar. Na avaliação do órgão, o Brasil, na segunda
posição, é exemplo para o mundo no combate ao tabagismo.
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, disse que, sem
decisão política e parcerias no Senado e na Câmara Federal, as políticas de
combate ao tabagismo acabam chegando, mas levam mais tempo para serem
aplicadas. Ele lembrou que o início do movimento contra o consumo de tabaco
começou no Rio de Janeiro e o Brasil agora “pode exportar um comportamento
muito mais de vanguarda, ligado ao amanhã, e que se trata de combater o
tabagismo”.
Segundo Mandetta, a ideia é colocar nos planos de saúde o
combate ao consumo de tabaco. “Nós queremos ser o primeiro país do mundo livre
do tabaco. Depende de nós”. O ministro espera que neste século 21, todas as
nações caminhem nessa mesma direção.
Queda do consumo
Brasil e Turquia se tornaram referências internacionais no combate ao tabagismo, tendo alcançado o mais alto nível das seis medidas Mpower (plano para reverter a epidemia do tabaco) de controle do tabaco. São elas: monitorar o uso do tabaco e as políticas de prevenção; proteger as pessoas contra o tabagismo; oferecer ajuda para parar de fumar; avisar sobre os perigos do tabaco; aplicar proibições à publicidade, promoção e patrocínio do tabaco; e aumentar os impostos sobre o tabaco.
De acordo com o Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e
Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), 9,3% dos
brasileiros afirmaram ter o hábito de fumar, em 2018, contra 15,7%, em 2006,
ano em que a pesquisa começou a ser feita. A tendência, segundo o ministério, é
de redução constante desse hábito no país.
Nos últimos 13 anos, a população entrevistada diminuiu em
40% o consumo do tabaco. A pesquisa revela ainda que o consumo vem caindo em
todas as faixas etárias: de 18 a 24 anos de idade (12% em 2006 e 6,7%, em
2018), 35 e 44 anos (18,5% em 2006 e 9,1% em 2018); e entre 45 a 54 anos (22,6%
em 2006 e 11,1% em 2018). Entre as mulheres, a redução do hábito de fumar
alcançou 44%. Por Agência Brasil.
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