O presidente Nacional da CUT, Vagner Freitas, convoca, por
meio de artigo, todos os brasileiros e brasileiros a irem as ruas nesta
terça-feira (13), Dia Nacional de Mobilizações, Paralisações e Greves Contra a
Reforma da Previdência, Em Defesa da Educação e por Empregos.
No texto, Vagner lembra dos desmandos do governo de Jair
Bolsonaro, ressalta que o caminho a seguir é a resistência e a luta incansável
e alerta que ainda dá para virar o jogo e salvar a Previdência Social. A
Proposta de Emenda à Constituição (PEC), nome oficial da reforma da
Previdência, foi aprovada na Câmara dos Deputados em dois turnos, mas para ser
promulgada precisa ser aprovada também em dois turnos pelo Senado.
Confira a íntegra do artigo:
A luta
é diária e em todo lugar. Neste dia 13 será nas ruas
Nesta
terça-feira, 13 de agosto, a CUT, demais centrais sindicais, movimentos
sociais, estudantes, professores, trabalhadores e trabalhadoras voltam às ruas
para mais uma batalha contra o desmonte da Educação, em defesa do direito à
aposentadoria, dos direitos sociais e pela classe trabalhadora.
Esse é
caminho a seguir: resistência e luta organizada, unificada e incansável. Todos
os dias, nas ruas, sindicatos, locais de trabalho, universidades. Na cidade e
no campo. Essa é a caminhada do povo e de todas as instituições que defendem a
soberania e a democracia brasileira, unidos na luta pelo crescimento
sustentável da economia, pelo direito de a população ter trabalho decente e
acesso a serviços essenciais de qualidade, com liberdade de ação e expressão.
A luta
dos sindicatos, dirigentes e da militância da CUT é imprescindível ao País
neste momento de ataques sem precedentes aos direitos dos trabalhadores e da
maioria da população, em especial os mais pobres. Dezenas de dados apontam um
Brasil ferido, doente, rumo ao caos instalado pelo precário governo Bolsonaro
em meio a uma crise global.
Não
podemos esquecer por um minuto dos quase 13 milhões de desempregados, dos mais
de 28 milhões de “subutilizados” e que outras dezenas de milhões de
desalentados que sobrevivem de bico, à beira da miséria e da indigência. Nem
que todos os dias alguma notícia absurda vinda do governo federal revela mais
um ataque aos cidadãos e à cidadania.
Nada
disso, porém, pode minar a resistência. Por isso, na véspera desse dia nacional
de paralisação e mobilização, a CUT e seus entes reforçam o chamamento para a
luta. Jovens, idosos, mulheres, desempregados, trabalhadores, todos, de alguma
forma, sofrem na pele as consequências das ações nefastas do governo Bolsonaro,
dos golpes baixos vindos dos três Poderes que deveriam proteger a nação e os
brasileiros, mas não o fazem. Ao contrário.
Vamos
às ruas neste 13 de agosto com a cabeça em pé, com a certeza de que lutamos de
todas as formas contra a aprovação da reforma da Previdência (pela Câmara dos
Deputados). Seguiremos lutando até o último voto no Senado. E depois do último
voto também.
O
governo pode utilizar suas prerrogativas e sacar bilhões de reais em emendas e
benesses aos seus aliados para tentar garantir os votos necessários à aprovação
de seus desvarios e desmandos, em prejuízo da classe trabalhadora. Mas nós
também somos milhões de homens e mulheres determinados a lutar, e não começamos
a lutar ontem. Sabemos o que fazer, pois a luta será longa e árdua, dependerá
de muita mobilização e organização. Será diária, em todos os lugares. Amanhã
esse lugar será a rua.
Boa
luta a todos e todas.
Vagner
Freitas, presidente nacional da CUT
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