A debandada da senadora Selma Arruda (MT) e as contestações
do senador Major Olímpio (SP), ambos insatisfeitos com a orientação do PSL
contra a chamada CPI da Lava Toga, não são o único motivo de ebulição no partido
do presidente Jair Bolsonaro. Além do bate-boca no plano nacional, também no
Rio de Janeiro a confusão é grande. Nos dois casos, o mesmo personagem está no
olho do furacão: o senador Flávio Bolsonaro.
Na política fluminense, o motivo da divisão do PSL é a
orientação para o partido deixar a base do governador Wilson Witzel (PSC). Ele
irritou bolsonaristas ao confirmar que é candidato à Presidência e dizer em
entrevista recente que não deve sua eleição a Jair Bolsonaro. Por orientação de
Flávio, que está em viagem à China, a bancada estadual divulgou nota na
segunda-feira 16 anunciando o rompimento com Witzel.
De Brasília, porém, vieram coordenadas bem diferentes. Nas
redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro negou ter dado tal ordem: "Não
determinei nada! Fakenews!", escreveu ele, quando a notícia foi postada no
Twitter do jornal O Globo. Interlocutores diretos também relataram o mesmo
posicionamento. "Acabei de falar com o próprio Jair e ele disse que não há
rompimento nenhum", anunciou o deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ).
Diante de determinações opostas, tanto a bancada estadual
quanto a federal do partido estão divididas.
Acho que o Flávio está agindo de cabeça quente e isso é
muito ruim para a legenda. Se a determinação for mantida eu não vou seguir esse
rompimento com o governador"
Daniel Silveira, um dos deputados mais próximos de Flávio
Bolsonaro.
Já o deputado federal Carlos Jordy (PSL-RJ), vice-líder do
governo na Câmara, confirma o afastamento: "Witzel agora não terá mais
apoio das bancadas estadual e federal do PSL". (UolPolítica)
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