Agência Brasil
A erradicação global da malária, uma das doenças mais
antigas e mortais do mundo, pode ser alcançada até 2050, mostra novo estudo
publicado hoje (9) pela comissão para a malária da revista científica The
Lancet.
"Um futuro livre de malária pode ser alcançado tão
cedo como em 2050", diz o estudo, de autoria de 41 dos principais
especialistas mundiais em malária, ciências biomédicas, economia e políticas de
saúde.
A pesquisa mostra as evidências científicas, combinando-as
com novas análises epidemiológicas e financeiras que demonstram que - com as
ferramentas e estratégias certas e o financiamento adequado - a erradicação da
doença é possível no espaço de uma geração.
Os especialistas identificam três medidas para inverter a
curva de progressão da doença, acelerando a queda dos casos de malária em nível
mundial, incluindo um aumento anual de cerca de US$ 2 bilhões.
PROPOSTAS
Entre as propostas dos especialistas estão melhorar a
gestão e implementação dos atuais programas de controle da malária, fazer uso
mais eficiente das atuais ferramentas, desenvolver técnicas inovadoras que
permitam ultrapassar os desafios biológicos da erradicação e disponibilização,
por parte dos países onde a malária é endêmica, de investimento financeiro
adequado.
"Por muito tempo, a erradicação da malária foi um
sonho distante, mas agora temos provas de que a doença pode e deve ser
erradicada até 2050", disse Richard Feachem, co-presidente da Comissão
Lancet para Erradicação da Malária e diretor do Grupo de Saúde Global da Universidade
da Califórnia, San Francisco (UCSF).
"O estudo diz que a erradicação da malária é possível
no tempo de uma geração, mas para alcançar essa visão comum não podemos
continuar com a abordagem atual. O mundo está num ponto crítico e devemos
desafiar-nos com metas ambiciosas e comprometer-nos com as ações ousadas
necessárias para as alcançar".
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