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quinta-feira, 31 de outubro de 2019

Maia diz que fala de Eduardo Bolsonaro é "repugnante" e passível de punição

Pablo Valadares/Câmara dos Deputados 

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), condenou as declarações do deputado Eduardo Bolsonaro sobre a possível volta do AI-5 caso a "esquerda radicalizasse" no Brasil. Para deputado, a fala foi "repugnante" e passível de punição.

"Uma Nação só é forte quando suas instituições são fortes. O Brasil é um Estado Democrático de Direito e retornou à normalidade institucional desde 15 de março de 1985, quando a ditadura militar foi encerrada com a posse de um governo civil. Eduardo Bolsonaro, que exerce o mandato de deputado federal para o qual foi eleito pelo povo de São Paulo, ao tomar posse jurou respeitar a Constituição de 1988. Foi essa Constituição, a mais longeva Carta Magna brasileira, que fez o país reencontrar sua normalidade institucional e democrática", declarou o parlamentar em nota.

Segundo o deputado, "a Carta de 88 abomina, criminaliza e tem instrumentos para punir quaisquer grupos ou cidadãos que atentem contra seus princípios - e atos institucionais atentam contra os princípios e os fundamentos de nossa Constituição".

"O Brasil é uma democracia. Manifestações como a do senhor Eduardo Bolsonaro são repugnantes, do ponto de vista democrático, e têm de ser repelidas como toda a indignação possível pelas instituições brasileiras. A apologia reiterada a instrumentos da ditadura é passível de punição pelas ferramentas que detêm as instituições democráticas brasileiras. Ninguém está imune a isso. O Brasil jamais regressará aos anos de chumbo", finaliza a nota.

Eduardo Bolsonaro fez o comentário durante entrevista à jornalista Leda Nagle, no canal da jornalista no YouTube. Outros políticos e partidos também criticaram a fala do deputado.

A deputada estadual Janaina Paschoal (PSL) classificou a fala como "completamente descabido". Já o presidente da OAB disse que o deputado "flertou com o fascismo" ao sugerir um novo AI-5 como forma de reação do governo a uma eventual radicalização da esquerda. Do UOL, em São Paulo

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