Por Daniel Carvalho e Hanrrikson de Andrade da Folhapress
Com a libertação
do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na sexta-feira passada (8), o
PT ingressa em um novo capítulo de sua história, tentando agora se recuperar da
derrota sofrida nas urnas nas eleições de 2018 para o presidente Jair
Bolsonaro.
Ao programa de entrevistas da Folha de S.Paulo e do UOL, no estúdio compartilhado em Brasília, o líder do partido no Senado, Humberto Costa (PT-PE), reconhece que é necessário falar para além de sua bolha, em um esforço para recuperar a parcela do eleitorado perdida.
"Nosso discurso tem que se dirigir não somente para um terço que gosta e vota no PT, mas para mais de 50% da sociedade que já, inclusive, votou no PT", diz Costa.
De acordo com o senador, Lula elevou o tom nos primeiros discursos ao sair da prisão, mas deve buscar o diálogo com o país. Ele ainda defendeu uma aliança ampla da esquerda brasileira nas eleições municipais de 2020.
Reconquistando eleitorado
"Estamos sob ataque desde 2015, quando ganhamos a eleição. Já estávamos sob ataque, mas esse mais cerrado –que culminou com impeachment [de Dilma] e com a proibição de Lula ser candidato, com a prisão dele e a verdadeira satanização do partido– nos obrigou a nos fecharmos em copas, darmos uma ordem unida à nossa tropa de resistir. Isso permitiu, inclusive, que o PT sobrevivesse e disputasse a eleição de 2018."
"Estamos ainda muito contaminados por esse discurso. Aos poucos, o partido vai saindo dessa posição e compreendendo que não podemos continuar falando só para aquele terço da população que é a nossa base social."
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