O boletim epidemiológico
apresentado pela secretaria de Vigilância em Saúde na tarde desta terça-feira
(17), aponta 268 notificações de microcefalia em Pernambuco. A maior parte dos
casos (21,6%) foi registrada no Recife.
Em Serra Talhada,
interior do Estado, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que já
deflagrou ações para conter o avanço da microcefalia. Segundo o secretário
Executivo, Aron Lourenço, dois casos foram notificados na Capital do Xaxado.
Ele informou que os recém-nascidos são do bairro da Cohab, em Serra Talhada e
do município de Flores. Os casos, informa o secretário executivo, fora, registrados
em 05 e 20 de setembro passado.
Aron informou ainda que
está encaminhou o caso para avaliação no Hospital Oswaldo Cruz, no Recife.
A secretária executiva
de Vigilância em Saúde, Luciana Albuquerque informou que o Estado já definiu as
unidades de referência para o atendimento dos bebês e das e das mães – são o
Hospital Oswaldo Cruz, Imip, Cisam (maternidade da Encruzilhada) e AACD. “Pelos
parâmetros da Organização Mundial de Saúde só é considerado com microcefalia os
bebês com perímetro cefálico de 32 centímetros abaixo, mas aumentamos essa
margem para 33 porque encontramos problemas na tomografia de alguns com essa
medida”, explica Luciana.
A secretária enfatizou a
necessidade de as mulheres fazerem um pré-natal corretamente e garantiu que não
há nenhuma recomendação para que adiem o sonho da gravidez. De acordo com
Luciana Albuquerque, a SES está definindo unidades de referência para
atendimento no interior do Estado para evitar que as mulheres afetadas tenham
que se deslocar para a capital. (JC)
De acordo com os dados
da Secretaria de Saúde de Pernambuco, o município de Afogados da Ingazeira apresenta
sete casos de microcefalia. Ainda no Pajeú Iguaracy apresenta dois
casos. Arcoverde e Surubim tem dois casos cada.
Os bebês com essa mal
formação congênita nascem com um perímetro cefálico menor do que o normal, que
habitualmente é superior a 34 cm. A Secretaria de Saúde do Estado está
analisando diversas possíveis causas para essas ocorrências, entre elas:
infecções congênitas (rubéola, sífilis, varicela, toxoplasmose), agressões
teratogênicas (drogas como talidomida, aspirina, tetraciclina, calmantes),
alcoolismo materno, drogadição (cocaína), infecções provocadas por dengue,
chikungunya ou zika, entre outros. Entretanto, ainda não foi identificada a
causa. (Blog Luiz Carlos)