O ex-ministro Eduardo Pazuello (Saúde) disse a aliados
que foi pressionado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e pelo
ministro Luiz Eduardo Ramos (Casa Civil) a distribuir verbas para apoiadores do
governo. A base do governo no Congresso é formado por partidos do chamado
centrão.
A ofensiva sobre o ministério buscava o repasse de
recursos que restavam no Orçamento no fim de 2020. A ideia seria contemplar
acordos feitos entre a gestão Jair Bolsonaro e o bloco do centrão.
A divergência foi exposta nas entrelinhas do discurso de despedida de Pazuello
do ministério. Na ocasião, ele ligou a saída do ministério a pedidos negados
por "pixulé".
"Chegou no final do ano uma carreata de gente pedindo dinheiro
politicamente. O que fizemos? Distribuímos todo o recurso do ministério. Foi
outra porrada, porque todos queriam um pixulé no final do ano", disse o
general em 24 de março.
Segundo autoridades que acompanharam as discussões, um dos conflitos ocorreu
quando a Saúde recebeu listas de estados e municípios que deveriam obter cerca
de R$ 830 milhões em verbas de emendas do relator –ou seja, indicada pelo
Congresso. Veja na íntegra aqui. Por Mateus Vargas - Folhapress
Nenhum comentário:
Postar um comentário