Eu Josépha Bárbara Imaculada de Oliveira Barboza, nasci
em 16 de setembro de 1986, desde pequena era obesa e tinha o sonho de ser
magra. Em junho de 2011, resolvi realizar uma cirurgia para emagrecer a qual a
principio fiquei bem e seis meses após cheguei a perder 29kgs, sentia dores
abdominais só que não relacionava com a cirurgia. Apareceu uma gravidez
complicada, não sabia o porquê, mais Deus sabia o propósito daquele Ser
inocente está sendo gerado em mim. Com o passar dos meses as dores foram
aumentando e, o único diagnóstico que recebia era de cálculo renal. Com 35s fui
mais uma vez internada com dores abdominais terríveis, bolava pelo chão já que
era a única maneira que a dor aliviava um pouco, chorava de tanta dor,
medicações eram feitas e a dor não passava, só aumentava. Fui encaminhada para
o Hospital das Clínicas, fui examinada, realizei exames e fiquei internada.
No dia 04/09/12 foi marcado minha cesárea, mesmo
correndo o risco já que era fora tempo, mais havia perdido líquido amniótico e
não suportava mais as crises fortes. Ás 16h00minhrs
foi realizada minha cirurgia, minha filha nasceu parada (sem chorar).Olhando o
desespero da pediatra reanimando a minha filha só clamei ao Senhor que Ele não
a levasse, naquele momento ela reagiu e chorou, sendo encaminhada para UTI
Neonatal. No pós-anestésico comecei a chocar, minha pressão ficou 70/40mmhg não
lembro os procedimentos realizados nem como passei a noite. No dia seguinte
muitos médicos estavam ao meu lado pra tentar descobrir o meu problema, quando
um deles me perguntou se havia feito alguma cirurgia antes da cesárea, respondi
que sim e fui explicar o procedimento, imediatamente foi solicitado para passar
uma sonda nasogástrica, quando começou introduzir a sonda vomitei na hora um
líquido escurecido como borra de café com odor horrível que eles não sabiam de
onde vinha. Fui realizar uma tomografia e foi detectado um problema no
intestino e teria que realizar uma cirurgia de urgência, na hora que o
cirurgião me abriu pra iniciar a cirurgia queria fechar na mesma hora, pois
estava tudo necrosado e não teria mais jeito, era questão de horas para morrer.
Mas Deus mostrou que quando o homem diz não ter mais
jeito Ele age pra confundir a medicina e, foi isso que aconteceu. Durante a
cirurgia tive 02 paradas cardíacas, meus rins e fígado paralisaram e meu quadro
só piorava. Estava em coma, os médicos me deram 72hrs de vida e fui direto pra
UTI. Para a medicina a morte era a certeza. Minha mãe postou na internet minha
situação, não só a minha cidade mais parte do mundo começou a pedir a Deus por
mim, o desejo do coração de muitos era me vê curada, fora da UTI e de volta a
vida com a oportunidade de criar minha filha. No dia 07/09/12 sai do coma,
arranquei os tubos, chamei a enfermeira falei que estava bem e gostaria de vê
minha mãe. Não lembro nada durante esses dias que dormia a única lembrança é de
um jardim cheio de flores. Passei a receber visitas da minha mãe, familiares,
amigos que se impressionavam ao me vê daquela forma e muitos não continham as
lágrimas; não sabia de nada do que tinha acontecido e nem me passava na cabeça
perguntar. Logo depois a médica foi me contar todo procedimento e falar que
devia realizar um transplante pois tinha perdido todo intestino delgado e maior
parte do grosso, fiquei ali imaginando como seria minha vida e se um dia
voltaria ao normal.
Como não sabiam se
sairia daquela situação, levaram a minha pequena pra conhecê-la melhor ali
mesmo na UTI, segura-la no colo pela 1ª vez, sentir seu cheiro e só saber que
ela estava bem foi gratificante, pois, ela também era uma guerreira e Deus
tinha feito seu 1º milagre, por que diante de tantas coisas MARIA SOPHIA nasceu
perfeita e sem sequelas. Momento inexplicável. Deus continuou agindo, mostrando
que havia feito pouco, pois só o fato de permanecer viva já um grande milagre.
Meu quadro foi melhorando e recebi alta para ficar na enfermaria, ali me sentir
gente novamente UTI é algo traumatizante.
Nesse sofrimento
foram 49 dias internada no HC – PE, sem colocar nem m gole de água na boca, era
só nutrição parenteral, soros, antibióticos, furadas todos os dias para
realizar exames, sem contar com uma luta diária de para combater uma infeção
que parecia não ter fim.
Fui transferida
para o HC – SP com muito medo de passar por uma cirurgia de grande porte, mais
graças a Deus tudo começou mudar. Comecei a receber dieta por boca (restrita),
ingerir líquidos, me sentia mais feliz, pois a esperança de viver estava
voltando. Ao realizar exames que a principio descartou a possibilidade do
transplante fiquei internada por mais 34 dias para melhor adaptação do
organismo. Para honra e gloria do Senhor recebi alta para retornar a PE e ficar
fazendo a parenteral durante a semana em Recife. A felicidade foi imensa,
estava voltando pra minha casa, minha cidade e para minha filha. Foram 03 meses
corridos, com perda de peso muito rápido, cabelos caindo devido à desnutrição
e, tive que voltar a São Paulo para realizar uma possível cirurgia para
melhorar o funcionamento do intestino, mais ao realizar uma enteroscopia duplo
balão, a equipe médica chegou a conclusão que essa não teria sucesso no meu
caso. Com o intestino ultracurto a solução seria transplante ao qual ainda não
se realiza no Brasil, o HC – SP está em reforma para começar realizar esse
procedimento ainda sem previsão para início.
Ainda na luta, 07
meses longe de casa, com uma vida completamente mudada, realizo a nutrição parenteral
em domicilio por 16hrs todos os dias por que não posso viver sem essa nutrição
até meu organismo se adaptar com o que restou é o que espero em Deus ou no
futuro fazer o transplante. Estou tentando conseguir esses medicamentos pelo
estado de PE, ao qual negou o pedido e agora dependo da justiça pra conseguir
ganhar essa causa e voltar pra casa.
Peço a Deus que
fique comigo, me sustente em todos os momentos zelando cuidadosamente de mim.
Posso dizer que haverá dias sem respostas, noites longas, mas Deus com sua
misericórdia compõe tudo em silêncio. Devo muito as orações das igrejas
católica e evangélicas, aos grupos de orações, a toda população Carnaibana...
Enfim a união do povo do Deus. Sou a prova viva que aquilo que poderia ser o
fim pode ser só o começo, pois ninguém imaginaria que sobreviveria e 365 dias
depois estaria contando minha história. Aos poucos estou votando a minha vida
normal, que realmente nunca mais será a mesma, existe um caminho imenso ainda
pra percorrer, mais firme esperando minha vitória. E hoje preciso dizer ao
mundo que Deus existe, surpreende a ciência e eu sou a prova viva do seu poder.
“AINDA QUE A TUA
HISTÓRIA SEJA NEGATIVA, QUE A MEDICINA DIGA NÃO, AQUELE LÁ EM CIMA DIZ SIM E O
AMÉM.” ( Bianca Toledo)
Bárbara por e-mail
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