Uma longa reunião nesta
quarta (26) discutiu com a presença de promotores, prefeitos, representantes de
Compesa, Secretaria de Saúde, Esse Engenharia e outras entidades discutiu
vários temas: realidade hídrica da região, atendimento do HR Emília Câmara,
SAMU, UBS, restauração da PE 292, loteamentos irregulares na região e repasse
da iluminação pública da Celpe para prefeituras foram os principais temas.
No primeiro momento, a
Compesa fez explanação sobre a realidade hídrica dos municípios da região e
alternativas debatidas para minimizar os efeitos da estiagem. O dado mais
preocupante repassado pelo Chefe do Setor de Distribuição Washington Jordão foi
o de que as previsões para o período tradicionalmente chuvoso são de
precipitações abaixo da média.
O debate mais prolongado
foi ligado à saúde e envolveu promotores, prefeitos, Secretários de Saúde e a
Dra Carol Lemos, Diretora Geral de Assistência Regional da Secretaria de Saúde,
com participação da Gerente Regional de Saúde, Mary Delânea e Leandra Cristina
Barbosa Saldanha, Diretora do HR Emília Câmara.
Os questionamentos mais
contundentes foram ligados à chamada ambulancioterapia, com grande quantidade
de transferências de gestantes para outras unidades. Também ouve críticas à
falta de resolutividade em transferências de emergências e outras situações por
boa parte dos prefeitos no encontro. Foram muitos exemplos de situações de
ausência ou negligência de alguns profissionais e dificuldade na transferência
para outras unidades que eventualmente também dificultam o atendimento.
Carol Lemos reconheceu
limitações, mas afirmou que houve avanços, apresentando um dado que indica
aumento ano a ano no número de partos na unidade, chegando a 150 por mês
atualmente. Afirmou também que a unidade vai passar a instaurar processos
administrativos onde for verificada negligência dos médicos, alvos de muitos
questionamentos. “Os médicos são formados em uma cultura mercantilista. A
maioria só pensa no bolso”, criticou o prefeito de Afogados José Patriota”.
Houve questionamentos de outros gestores como Dêva Pessoa (Tuparetama),
Dessoles (Iguaraci), Sebastião Dias (Tabira) e Arquimedes Machado (Itapetim).
O Ministério Público
defendeu que haja um plano de intervenção na unidade para mudança real na
qualidade do atendimento. O promotor Lúcio Almeida criticou problemas com
instalação de equipamento de raio x e falhas no fornecimento de oxigênio. Carol
Lemos prometeu providências.
Carol Lemos descartou
necessidade de ampliação de leitos da unidade, bem como disse ser com base em
estudos inviável uma UTI em Afogados. Afirmou que há previsão de uma UTI
neonatal em Serra Talhada.
SAMU: mais uma vez,
houve críticas diretas á Prefeitura de Serra Talhada por não pôr para funcionar
a Central de Regulação do SAMU. Informados de que a Secretaria de Saúde da
cidade responsabilizou as demais prefeituras pela demora, sob alegação de que não
haviam equipado com sistemas de rádio suas unidades locais, tanto prefeito como
a Diretora da Geres foram enfáticos ao condenar a alegação. “As Prefeituras não
podem instalar pois precisam da definição de frequência a partir da Central de
Regulação”, deixou claro Mary Delânea (X Geres). Ficou definida a criação de um
grupo de trabalho para discutir com a prefeitura de Serra o que falta para
efetivar o serviço. A “sala vermelha”, necessária para receber caso no Regional
Emília Câmara está pronta, segundo a diretora da unidade Leandra Cristina.
Ponto eletrônico e rigor
nas UBS: o promotor Lúcio Almeida cobrou rigor dos prefeitos na adoção de ponto
eletrônico para acompanhar o plantão de médicos nas Unidades Básicas de Saúde
(UBS). Ele afirmou que as cidades que já implantaram não podem ser penalizadas.
“Se demoram a instalar, os médicos deixam onde há o ponto e querem ir para
outras cidades. O MP não abre mão da instalação do ponto eletrônico em todas
unidades”, afirmou.(Blog do Nill Júnior)
Nenhum comentário:
Postar um comentário