“A assistência técnica é
útil porque a gente vem de uma cultura de queimar as árvores para limpar a
roça. Cortávamos muitos pés de plantas nativas porque a gente não sabia da
importância deles para o meio ambiente. Aprendemos como conservar o solo, fazer
adubo orgânico, cobertura morta nas plantas e a produzir alimentos
agroecológicos. Por isso, aceito renovar o cadastro”, disse Maria Ioneda
Ferreira Lima, do Assentamento Barra do Exu, localizado a 22 Km da capital do
xaxado, Serra Talhada, em Pernambuco.
A resposta veio ao ser
questionada pela técnica de campo, Andréa Oliveira, se a agricultora queria
continuar recebendo a Assistência Técnica e Extensão Rural em Agroecologia
(ATER). Assim como Maria Ioneda, 159 famílias agricultoras dos municípios de
Serra Talhada, Santa Cruz da Baixa Verde, Flores, Floresta e Mirandiba, até o
dia 31 de junho, vão ter a oportunidade de decidirem se querem continuar no
projeto ou não. Caso aceitem, os/as técnicos/as do Centro de Educação
Comunitária Rural (Cecor) irão preencher um novo formulário para saber quais
mudanças tiveram nas áreas dos/as agricultores/as desde o início da 1ª etapa do
projeto, que começou em abril de 2014.
Junto às famílias, os/as
técnicos/as constroem o mapa falado, onde são visualizadas as entradas e saídas
da produção agroecológica nas propriedades, assim como é identificada a
participação do homem e da mulher nas atividades de campo. A proposta é
finalizar a atualização dos cadastros no dia 31 de junho e, a partir de julho,
cadastrar 31 novas famílias que moram em um dos 5 municípios de atuação do
Projeto.
A agricultora Natividade
Célia da Silva Lima, mãe de três filhas, explicou como era a produção de
alimentos antes de receber a Assistência. “A gente usava agrotóxico nas plantas
e agora usamos defensivos naturais. Aprendemos a produzir produtos
agroecológicos, inclusive, nos intercâmbios. Não sabia por que não podia usar o
agrotóxico, agora eu não uso e sei por que não posso usar”, informou sorridente
Natividade, que mora no Assentamento Barra do Exu.
Os contemplados com a 1ª
fase aprenderam a fazer defensivo natural para combater pragas e doenças na
produção, forragem para alimentação animal, visitas de intercâmbios para
trocarem experiências com outros/as agricultores/as e receberam mudas de
plantas nativas, forrageiras e frutíferas. “A ideia é que eles/as plantem para
aumentar a diversidade do ecossistema sem uso de agrotóxico”, informou a
técnica, Andréa Oliveira.
No 2º módulo, as
famílias vão aprender a reutilizarem o lixo doméstico, as práticas de irrigação
alternativas, e receberão os cursos de apicultura e artesanato.
Por Kátia Gonçalves – Comunicadora Popular do Cecor
Por Kátia Gonçalves – Comunicadora Popular do Cecor
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