O calendário de
atividades da Escola Estadual Joaquim Mendes da Silva, no município de Carnaíba
(PE), ganha a partir deste segundo semestre, um complemento mais que especial
para crianças e adolescentes estudantes, com atividades de educação ambiental
nas margens do Rio Pajeú. As atividades incluem o reflorestamento de uma área
de 1,3 hectares de mata ciliar com espécies da Caatinga, na comunidade de
Carnaíba Velha.
O pontapé para a ação
aconteceu na última quarta (19), com a presença de professores/as, alunos/as e
integrantes do Grupo Fé e Política, articulação de entidades da qual a Diaconia
é integrante. O encontro também contou com a presença do professor Genival Barros,
da Universidade Federal Rural de Pernambuco (Unidade Acadêmica de Serra
Talhada) - UFRPE/UAST, contextualizando para o Semiárido a animação O
Homem que Plantava Árvores.
“Esse projeto tem
despertado o interesse da turma e de toda a escola, que está muito entusiasmada
pela chamada à responsabilidade em recuperar o bioma. Além da parte teórica
pela manhã, já iniciamos à tarde com o plantio das mudas, tudo com
acompanhamento técnico para a preparação do solo e a irrigação adequada”,
comemora a educadora Eliene Cristina Rodrigues, que dá apoio às atividades.
A sensibilização da
escola e da comunidade teve início no seminário “A Caatinga, Guardiã da Água”,
que fez parte da programação da 13ª Semana do Meio Ambiente (SEMEIA), realizada
em junho pelo Grupo Fé e Política, Diaconia e seus parceiros: “A ação de
recuperação dessas áreas, além de ser uma exigência da legislação ambiental
através do Cadastro Ambiental Rural, é uma resposta à provocação dos alunos que
estavam presentes no seminário e chamaram a atenção para os problemas
ambientais do Rio Pajeú”, afirma o assessor político-pedagógico da entidade,
Afonso Cavalcanti.
Na ocasião, das cerca de
150 pessoas presentes (entre elas 12 prefeitos, secretários municipais e
vereadores), aproximadamente trinta reivindicaram soluções para problemáticas
como o nível crítico dos reservatórios de água (como consequência da estiagem e
da ação humana), a contaminação do rio e a extração ilegal de madeira da
Caatinga para a indústria de cerâmica do Estado.
A área foi cedida por um
integrante local do Grupo Fé e Política e será mantida pela comunidade escolar,
com o assessoramento do Grupo. Ainda segundo Afonso, a finalidade é estimular
outras iniciativas junto a escolas e moradores da região.
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