Cerca de 200 famílias de agricultores do projeto Pontal
em Petrolina,
no Sertão pernambucano, ocuparam na manhã desta segunda-feira (21) a 3ª
Superintendência Regional da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São
Francisco e do Parnaíba (Codevasf). Eles reivindicam a suspensão do pagamento
das contas de energia que bombeiam a água do canal para os moradores.
Segundo os agricultores, a Codevasf determinou um prazo
até 31 de dezembro deste ano para que houvesse o corte neste abastecimento. A
Companhia teria informado aos presidentes das associações que não tem mais
recursos para manter a distribuição da água gratuita. O vice-presidente da
Associação de Amargosa, que integra o Pontal, Domingo Souza, disse que com o
corte as famílias passarão por dificuldade. “Se cortarem esta água vai ser um
processo difícil para estas comunidades, pois já cortaram os carros-pipa”,
disse.
O agricultor destacou que os moradores querem pagar pela
água, mas, segundo eles, a Codevasf disse que é preciso uma empresa para
administrar a cobrança. “Queremos água e pagar por ela, desde que tenha uma
empresa que administre isso. Até hoje, a água não era cobrada de ninguém”,
afirmou.
A presidente da Associação dos Moradores de Uruás,
Cleidmar de Souza, ressaltou que era preciso uma interferência por parte do
governo municipal na gerência desta água. “Estamos aqui para entrarmos em uma
conversa com a Codevasf para que eles pressionem o governo municipal para essa
questão. Porque isso de gerenciar a água no município é da prefeitura. A
Codevasf já construiu todas as adutoras. Entramos em contato com o governo
municipal e eles se mostraram indiferentes à nossa situação”, afirmou.
A Codevasf deverá reunir-se com os agricultores às 14h
ainda nesta segunda-feira. Porém, Domingos afirma que, caso não haja acordo, os
agricultores pretendem permanecer nas depenências da Companhia. (G1)
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