As idas e vindas do
governador de Pernambuco, Paulo Câmara, e do prefeito do Recife, Geraldo Julio,
a São Paulo, mais especificamente para reuniões com o governador Geraldo
Alckmin, vão muito mais além do que uma possível aliança do PSDB com o PSB.
Alckmin conversa com as lideranças socialistas para, caso o cenário entre os
tucanos não lhe seja favorável, migrar para o PSB. Seria uma alternativa aos
dois lados: desde a morte do ex-governador Eduardo Campos, em 2014, o PSB ficou
sem uma liderança nacional forte. E Alckmin está sendo relegado a segundo plano
no PSDB, com a liderança de Aécio Neves.
“Essas conversas ocorrem
a partir do vice-gocvernador (de São Paulo) Márcio França. Se ele está pensando
em deixar o PSDB ou não, isso não é do meu conhecimento. É evidente que um nome
como de Geraldo Alckmin é um quadro que tem uma trajetória, uma expressão
política que certamente interessa a um partido como o PSB, que busca fortalecer
os seus quadros, não só para as eleições de 2016, mas para defender um projeto
alternativo a essa polarização PSDB-PT, que o PSB entende que é chegada a hora
de um caminho alternativo”, afirmou o senador Fernando Bezerra Coelho, em
visita nessa segunda (21) ao Jornal do Commercio.
O governador paulista
estaria se sentindo incomodado com o posicionamento de Aécio Neves, que está
atraindo para si boa parte da “máquina” tucana. Além da migração de um nome
expressivo para a legenda, o PSB pode engordar, também, o número de deputados
que podem acompanhar Alckmin nessa possível migração. Nos bastidores,
comenta-se que Alckmin talvez tenha que tomar uma decisão mais cedo do que esperava.
Recentemente, França afirmou que o “compromisso do PSB era com Alckmin e não
com o PSDB”.
A leitura que alguns
nomes fazem é que, caso Alckmin não migre para o PSB, o partido fica numa
situação mais complicada, pois não teria tempo de formar um quadro de liderança
nacional até as eleições de 2018. (NE10)
Nenhum comentário:
Postar um comentário