Imortal? Quase. Não seria exagero dizer que esse pequeno
animal é de outro mundo. Seu nome? Tardígrado, também chamado de urso d’água ou
leitões do musgo. Essas criaturas são na verdade invertebrados do filo
Tardigrada, possuindo oito patas, cada pata possui de quatro a oito pequenas
garras e seu corpo varia de 0,05 a 1,25 mm. Vivem entre os musgos e liquens,
podendo ser fortemente pigmentados, indo do laranja avermelhado ao verde oliva.
Esses animais possuem uma anatomia complexa, são
recobertos de quitina e não existe sistema circulatório e nem aparelho
respiratório, as trocas gasosas são realizadas de forma aleatória em qualquer
parte do corpo. A grande maioria se alimenta sugando o conteúdo celular de
bactérias ou de algas. São encontrados em todo o planeta, desde o fundo
oceânico ao alto do Himalaia. Das mais de 600 espécies conhecidas, cerca de 300
foram descritas no Ártico e na Antártica, também foram catalogadas 115 espécies
na Groenlândia.
Em setembro de 2007, a Agência Espacial Europeia realizou
uma pesquisa utilizando os tardígrados, colocando-os em uma cápsula espacial, a
Foton-M3, e os enviou ao espaço. Resultado? Os bichinhos não só sobreviveram
aos raios cósmicos, radiação ultravioleta e falta de oxigênio, mas ainda foram
capazes de reproduzirem num ambiente tão inóspito. Para ter uma noção, no
espaço, os raios ultravioletas são cerca de mil vezes mais intensos do que os
encontrados na Terra. Ainda é um mistério sem explicação ou teoria para o
motivo pelo qual estes animais conseguiram sobreviver por tanto tempo sem
oxigênio e sendo bombardeado com altas doses de radiação cósmica.
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