Blog do Nill Junior
Uma das histórias que
comoveram a região do Pajeú, a da desapropriação de moradores da comunidade de
Santa Rosa, município de carnaíba, onde foi construída a fábrica de Cimento
Pajeú, do Grupo Petribu, ainda não teve seu ultimo capítulo para 38 famílias que
residem no local.
Segundo Mayara Lima, que
representa a comunidade, o descumprimento de um acordo entre fábrica,
Prefeitura de Carnaíba e a comunidade acabou fazendo com que houvesse três
detonações por parte da fábrica próximas a onde moram as famílias no dia de hoje.
“O representante da
fábrica Francisco Petribu, nos ligou avisando que aconteceriam as detonações.
Até a polícia foi chamada para interditar a PE e de lá virem à comunidade por
solicitação da fábrica. Eles saíram daqui porque estávamos em nossas casas”.
Os relatos de Mayara
indicam que a proximidade das detonações com o local deixou pessoas
apavoradas. “Famílias mais próximas tiveram casas atingidas. As crianças
correram assustadas. Uma mulher grávida foi levada ao hospital. Vi idosos
chorando. Foi desesperador”, relata. Pelo menos três pessoas foram fazer um
Boletim de Ocorrência na Delegacia.
A comunidade acusa a
gestão do prefeito Zé Mário Cassiano de descumprimento do acordo firmado com MP
e Judiciário, de entregar 43 lotes para reassentamento e pagar as últimas
desapropriações, com valor de R$ 30 mil a cada uma das 12 famílias restantes.
“Esse acordo foi fechado oito meses atrás”. Houve uma promessa de aporte
do Governo do Estado para ajudar no fim do imbróglio.
A comunidade promete
pressionar amanhã para que haja agilidade no acordo fechado com participação da
Fetape, que pressionou comum protesto em abril do ano passado. Nesta quinta,
prometem denunciar o descumprimento a MP e Judiciário, além de novamente irem a
prefeitura.
Muitos moradores
alegaram que ainda sofrem com problemas respiratórios, fruto da poeira
produzida pela fábrica, principalmente as crianças.
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