A cidade de Campina
Grande, na Paraíba, registrou o primeiro caso de gêmeos nascidos com microcefalia. Ao contrário das
ocorrências anteriores, as duas meninas nascidas anteontem no
Instituto de Saúde e Maternidade Elpídio de Almeida (ISEA) apresentaram a
malformação. Além da doença, uma das crianças também nasceu com Artrogripose,
doença congênita que causa rigidez e deformidade nas articulações.
"As bebês estão
bem, mas estamos realizando uma série de exames para entendermos melhor a
situação das duas, os resultados devem sair em 15 dias", explica a médica Adriana
Melo, a primeira a relacionar o vírus da zika aos casos de
microcefalia. A mãe das crianças, que é moradora da cidade de Areia, no
interior do Estado, estava no Rio de Janeiro e só passou a ser acompanhada pela
equipe médica da pesquisadora a partir 35ª semana de gestação, após a suspeita
de microcefalia nos fetos. "Realizamos a ressonância ainda durante a
gravidez e tivemos o diagnóstico", diz a médica, destacando que a mãe
havia apresentado sintomas de zika durante a gestação.
Além disso, material do
cordão umbilical, líquido aminótico e placenta foram recolhidos e passarão por
testes. "Esse caso será pesquisado e comparado com os outros, em que
apenas um dos gêmeos apresentou a malformação, para entendermos o que leva um
ou os dois bebês a terem a microcefalia", considera.
PERNAMBUCO - De 1º de
agosto de 2015 até o dia 09 de abril de 2016, 1.849 casos de microcefalia foram
notificados em Pernambuco. Desse total, 761 (41%) casos atendem aos parâmetros
da Organização Mundial de Saúde (OMS) para microcefalia. Ao todo, 312 crianças
tiveram diagnóstico confirmado para a microcefalia e 664 foram descartados.
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