Depois de Tocantins bater o martelo a favor da Vaquejada, por meio do seu Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV), os defensores da prática amplamente difundida no Nordeste contabilizam mais uma vitória à luta pela constitucionalidade dessa centenária manifestação cultural.
De acordo com a
Associação Brasileira de Criadores de Cavalo Quarto de Milha (ABQM) e a
Associação Brasileira de Vaquejada (ABVAQ), com o voto do CRMV de Tocantins já
são 20 manifestações a favor. Agora os conselhos regionais da Bahia,
Pernambuco, Rio Grande do Norte, Maranhão, Sergipe, Rio de Janeiro, Distrito
Federal, Rio Grande do Sul, Piauí, Minas Gerais, Paraná, Goiás, Alagoas,
Paraíba, Ceará, Rondônia, Acre, Amazonas, Tocantins e Espirito Santo, apoiam
oficialmente a Vaquejada e as práticas equestres.
O consenso entre os
apoiadores é que a Vaquejada seja realizada de forma regulamentada, seguindo
regras rígidas do bem-estar animal, que já são atualmente adotadas nas
competições promovidas pelas duas associações e com equipamentos de proteção de
todos os envolvidos no evento: boi, cavalo e vaqueiro.
De acordo com os
procedimentos adotados hoje, durante a prova, o boi é bem alimentado e tem
comida e água à vontade. No local da pista de competição onde é desequilibrado
há um colchão de areia com no mínimo 50 cm para amortecer a queda e o proteger
de lesão óssea ou muscular. Outro avanço nos cuidados com os animais é o uso de
um protetor de cauda artificial que impede a lesão.
Os defensores da
Vaquejada ainda aguardam a publicação do acórdão da ADI 4.983 no STF, que
julgou uma lei do Ceará que pretendia regulamentar a Vaquejada, para poder
embargar a inconstitucionalidade decidida e esclarecer alguns pontos
importantes no voto do ministro Marco Aurélio, que foi o relator.
Ainda merece destaque no
poder legislativo (Senado e Câmara Federal) a tramitação da PEC 50/2016, da PEC
270/16 e do PLS 377/2016, que regulamentam a Vaquejada e as demais modalidades
esportivas equestres em definitivo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário