A Petrobras e a francesa Total assinaram nesta
terça-feira (28) os contratos de venda de duas áreas do pré-sal e de
participação em térmicas anunciados no final de 2015. A Petrobras receberá US$
2,225 bilhões, dos quais US$ 1,675 bilhão à vista.
Em dezembro, as duas companhias anunciaram as transações
como parte de uma aliança estratégia, que envolve ainda negociações sobre troca
de tecnologia e participação em ativos no México e no norte do país. Na
ocasião, a Petrobras já havia sido impedida pelo TCU (Tribunal de Contas da
União) a vender novos ativos.
O acordo prevê a transferência, à Total, de 22,5% da área
de Iara, que contém três descobertas, e de 35% do campo de Lapa, que já está em
produção. Ambos estão localizados no pré-sal da Bacia de Santos.
Além disso, a francesa terá 50% da Termobahia, empresa
que controla duas usinas térmicas na Bahia, e acesso ao terminal de importação
de gás no Estado. Com isso, pretende desenvolver mercado para suas operações de
gás natural liquefeito.
Em nota oficial divulgada nesta quarta (1º), os
presidentes da Petrobras, Pedro Parente, e da Total, Patrick Pouyanné, emitiram
declaração conjunto na qual dizem que a parceria "criará sinergias e
valor, combinando nossa excelência operacional e reduzindo custos em nossos
projetos, em benefício de ambas as companhias".
Quando a operação foi anunciada, Parente defendeu que,
por se tratar de parceria estratégica, o negócio não poderia ser impactado pela
decisão do TCU -que suspendeu em dezembro operações de vendas de ativos da
estatal.
"É uma parceria estratégica, não é desenvolvimento.
Neste momento, este tipo de acordo não está incluído na decisão do TCU",
argumentou o executivo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário